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Bem-aventurado Bernardo Lichtenberg

Sacerdote e mártir (†1943)    

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Bernardo Lichtenberg

Bernardo Lichtenberg foi proclamado bem-aventurado pelo papa São João Paulo II no dia 23 de junho de 1996, em Berlim, capital da Alemanha. Durante os tristes anos do nazismo, Padre Bernardo foi uma das vozes fortes que se levantou em defesa dos desvalidos, enfrentando o regime e se colocando contra o assassinato dos doentes mentais e dos judeus. Por esse fato, ele mesmo pagaria com sua própria vida. Em 1935 ele foi encarregado de substituir o Vigário do capítulo, ficando à frente de vários assuntos concernentes à diocese de Berlim. Nessa posição, veio a saber da terrível situação dos campos de concentração e das movimentações do nazismo em relação à assim chamada “solução final”, isto é, a execução de milhões de judeus. Tomando conhecimento da situação, ele não recuou: solicitou uma audiência com o primeiro ministro Hermann Göring. Não conseguindo uma conversa particular com o primeiro ministro, escreveu uma carta de denúncia contrária a todos os abusos perpetrados pelo regime. Sua atitude despertou a ira da Gestapo. Mas, apesar de tudo, ele continuou seu protesto, também contra a eliminação dos doentes mentais, escrevendo a esse propósito uma carta aberta para as autoridades. Nela, dizia com coragem e valentia:
“Eu, ainda que seja um cidadão comum, protesto como homem, cristão, sacerdote e alemão, e peço contas ao senhor, Chefe da Ordem dos Médicos do Reich, pelos crimes que são perpetrados por sua ordem ou com sua aprovação…”.
Ao mesmo tempo em que fazia as denúncias, ele começou a fazer ações que procurassem aliviar os sofrimentos dos judeus perseguidos. Em 1941 após a divulgação de folhetos anônimos que alertavam para que qualquer um que ajudasse os judeus estaria cometendo um ato de traição à pátria, padre Bernardo foi preso por homens da Gestapo, a polícia nazista. Pela sua ação de ajuda aos judeus foi condenado a dois anos de prisão. Após ter passado o período da pena, pediu que fosse liberado para prestar assistência ao gueto de Litzmannstadt, aos judeus batizados, mas, apenas tendo saído da prisão, foi transferido para um campo de concentração, primeiro em Berlim e depois para o temível campo de Dachau. Com a saúde debilitada, e sem atendimento médico, ele chegou à localidade após seis dias de viagem, dentro de um vagão de trem. Chegou já em coma, morrendo no dia 5 de novembro de 1943 com grande serenidade.

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