São Godescalco

Godescalco era filho do Duque Udo, governante de uma vasta região. Foi educado desde o nascimento da religião cristã, primeiro no seio familiar e, posteriormente no mosteiro de São Miguel, em Liineburg. O pai de Godescalco morreu assassinado por um saxão que desejava vingança em virtude da tirania de Udo. Diante da morte violenta do pai, Godescalco abandonou o cristianismo e procurou a vingança da morte paterna: uniu-se com outros príncipes e foi à guerra contra o povo Saxão. Por um longo período Godescalco perseguiu e matou inúmeros saxões, levando destruição e sofrimento para inúmeras famílias. Aos poucos ele foi caindo em si e foi tomado pelo remorso e pela dor que causou a tantas pessoas, de modo que, arrependido, se rendeu ao Duque da Saxônia, Bernardo II. Foi preso e, após um determinado período, Godescalco foi enviado para a Dinamarca, colocando-se a serviço do rei Canuto II. Com esse rei, marchou contra a Inglaterra, mas se comportou como verdadeiro cavaleiro, conquistando a admiração de muitos. Após a morte do rei, Godescalco retornou para sua própria terra e procurou ampliar seus domínios, chegando a formar um vasto reino. Nesse período, ele que havia voltado à fé cristã durante sua estadia na Dinamarca, ele apoiou e favoreceu grandemente a evangelização dos povos pagãos que lhe estavam submetidos. Nesse sentido, criou várias dioceses e construiu numerosos mosteiros. No dia 7 de junho de 1066, Godescalco foi assassinado por ódio à fé cristã: ele estava numa igreja, nas proximidades do Elba, quando foi assassinado por um grupo de pagãos. Com ele foram assassinados os membros do clero que estavam na igreja. Foi imediatamente venerado como santo pelo povo.