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Perpétua e Felicidade

Mártires (†203)

Adoration eucharistique Paray le Monial

P Deliss / Godong | Ref:012

Segundo a tradição, Perpétua teria composto o próprio relato de sua paixão ainda na prisão. Mais tarde, Tertuliano teria finalizado a compilação. Conforme o relato, Víbia Perpétua, uma jovem nobre e culta matrona de Cartago, mãe de uma criança de peito foi presa junto com seus servos Revocatus, Saturnino, Secundinus e Felicidade. Felicidade estava grávida e em proximidade dos trabalhos de parto. Eram todos catecúmenos. No ano de 202, o Imperador Septímio Severo, temendo pela unidade do império romano, começou a perseguir os cristãos. O pai de Perpétua era pagão, sua mãe e dois outros irmãos eram cristãos. Diante da possibilidade do martírio, seu pai, desesperado, suplicava-lhe para que apostatasse da fé cristã, que tivesse piedade de seu sofrimento paterno. Mesmo assim, Perpétua manteve-se firme. Felicidade, por sua vez, fora presa no oitavo mês de gestação. Antes de morrer na arena, ela deu à luz uma menina que foi adotada por uma mulher cristã. Em seguida chegou o dia da condenação: o grupo de cristãos foi condenado “ad bestias”, isto é, a morrer devorados por animais ferozes. A ocasião se deu durante os festejos de aniversário do filho do Imperador. Os cristãos foram conduzidos ao anfiteatro: um urso e um leopardo foram usados contra os homens. Perpétua e Felicidade tiveram que enfrentar uma vaca selvagem. Feridas pelas várias chifradas do animal, foram mortas depois a golpe de espada. Seus corpos foram sepultados em Cartago. O culto a esses mártires, e particularmente à Perpétua e Felicidade, teve uma imediata difusão. Uma narração do século III dá alguns detalhes do glorioso martírio dessas santas mulheres: “Perpétua foi a primeira a ser lançada aos ares por uma vaca brava e caiu de costas. Levantou-se imediatamente e, vendo Felicidade caída por terra, aproximou-se, deu-lhe a mão e ergueu-a. Ficaram ambas de pé. Saciada a crueldade do povo, foram reconduzidas à porta chamada Sanavivária. Ali, Perpétua foi recebida por um catecúmeno chamado Rústico, que permanecia sempre a seu lado. E como que despertando do sono (até esse momento estivera em êxtase do espírito), começou a olhar ao redor e, para espanto de todos, perguntou: ‘Quando é que seremos expostas àquela vaca?’. Ao lhe responderem que já tinha acontecido, não quis acreditar, e só se convenceu quando viu no corpo e nas vestes a marca dos ferimentos recebidos. Depois, chamando para junto de si seu irmão e aquele catecúmeno, disse-lhes: ‘Permanecei firmes na fé, e amai-vos uns aos outros; não vos escandalizeis com os nossos sofrimentos’”.

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