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São Mateus Le Van Gam

Mártir (†1847)

Jezus wyciąga rękę

Gonzalo Gutierrez/Cathopic | CC0

Mateus nasceu em 1813 no Vietnam. Seus pais eram cristãos e estavam obstinados em manter a fé num ambiente adverso ao cristianismo. Nesse sentido souberam bem transmitir ao filho o sentido do ser cristão: Mateus, com 15 anos de idade começou a frequentar o seminário, mas as necessidades em casa o obrigaram a deixar o seminário e ajudar no sustento da família. Com o passar do tempo acabou contraindo matrimônio com uma moça de sua aldeia: tiveram quatro filhos – dois iriam morrer mártires. Embora não desempenhasse um papel de destaque na comunidade local, tinha boas relações com todos. Num momento de fraqueza, acabou cometendo um adultério, mas encontrando a medicina do arrependimento sincero e do perdão sacramental, entendeu que devia viver uma vida mais próximo do Senhor. Quando a perseguição contra os cristãos começou a se fazer mais dura, Mateus revelou-se uma ajuda fundamental para a evangelização e para o futuro da Igreja no Vietnam: em 1846 houve a necessidade de os seminaristas vietnamitas irem prestar serviços em algumas cidades da Malásia. Sabendo que Mateus era prático na arte de navegar, os missionários o convidaram para conduzir esses seminaristas. A primeira viagem foi relativamente tranquila. Mais tarde quando houve necessidade de uma nova viagem, Mateus chegou a dizer a seus parentes que suspeitava de ter sido seguido pelas autoridades na viagem anterior e que tinha receio de ser descoberto nessa nova viagem. No entanto, disse que, pelo Senhor, estava pronto para sofrer. Na viagem de retorno, no dia 6 de junho de 1846, Mateus estava se preparando para atracar no Vietnam com seu barco. Apesar de ter tomado várias precauções, a noite era iluminada por uma grande lua no céu. As sentinelas que ficavam distribuídos ao longo do litoral viram seu barco se aproximar à luz do luar. Começa então uma perseguição. Os militares que abordam seu barco começam a fazer-lhe perguntas, mas Mateus consegue afastar o perigo oferecendo aos soldados um pagamento. O estratagema durou pouco tempo: logo em seguida seu barco foi novamente abordado pelos militares. Mateus foi preso e conduzido a um tribunal. Sua culpa era de ter dado carona para pregadores estrangeiros. Ao descobrirem que era cristão, foi convidado a abjurar. Negando-se a cuspir na cruz, foi brutalmente espancado pelos soldados. Em seguida foi chicoteado e jogado no cárcere por vinte dias. Durante esse período foi continuamente torturado. Ao final, a sentença: decapitação. Para a confirmação da sentença foi preciso aguardar ainda alguns dias pela aprovação do rei. Durante esse período, Mateus deu grandes mostras de nobreza e fé. Sua mãe o visitou na prisão, e vendo o estado do filho entrou em desespero. Ele, no entanto, a consolava dizendo que tinha coragem ainda para sofrer a morte por causa da fé cristã. Sete meses depois a sentença foi confirmada. No dia 11 de maio de 1848, Mateus foi levado para fora da prisão. Por uma última vez, o governador tentou dissuadi-lo de sua fé cristã. Mateus não apostatou, manteve-se firme. Conduzido até o local da execução, foi dito ao carrasco de desferir o golpe fatal ao final do som do gongo. Após o último toque, foi necessário ao carrasco desferir mais de um golpe, pois não conseguia separar a cabeça de Mateus de seu corpo. Finalmente, quando conseguiu fazê-lo, seguindo o costume, pegou a cabeça pelos cabelos e mostrou-a aos presentes. Colocou-a no chão, mas contra toda a expectativa, saiu em desabalada carreira, impressionado pela serenidade do mártir. São Mateus foi canonizado no dia 19 de junho de 1988.

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