Bem-aventurado Aimone Taparelli

Nascido no ano de 1398, de uma família nobre, Aimone já adulto, com cinquenta anos de idade, experimentou a dor de perder a esposa e os filhos. Apesar do sofrimento, seu espírito religioso e a fé inquebrantável o moveram a buscar viver o resto de sua vida no serviço ao próximo: decidiu abraçar a vida religiosa, entrando nos Dominicanos. Tendo já uma formação de base, ingressou no estudo da Teologia e da Sagrada Escritura. Após esse período, foi ordenado sacerdote e se dedicou a um intenso apostolado: foi grande pregador e deu exemplo por meio de uma vida austera, a ponto de suscitar interesse e se tornar professor na Universidade de Torino e confessor da nobreza. Defendeu sempre os valores do cristianismo e seu zelo em relação à Ordem foi tão grande a ponto de ser recordado com um de seus maiores reformadores do século XV. Embora tivesse uma carreira de sucesso, ele amava a solidão e, sempre que lhe era possível, fugia do convívio com os homens para se refugiar num eremitério. Foi autor de alguns escritos religiosos e promoveu o culto à Nossa Senhora. Sua vida foi longa: em 1495 o Bem-aventurado previu sua morte. Uma antiga lenda narra que os anjos, numa visão, o teriam alertado para que se preparasse para a morte, que deveria ocorrer no dia da Solenidade da gloriosa Assunção da Virgem Maria. Com efeito, nesse dia, estando acamado, recitava o Ofício e apertava contra seu próprio peito uma imagem do crucificado. Recebeu os sacramentos e logo em seguida expirou. Com muita dificuldade conseguiram retirar de suas mãos o crucifixo. Apenas se difundiu a notícia de sua morte, uma multidão se reuniu no convento para seguir os ritos funerários de Frei Aimone. Logo começaram as peregrinações junto ao seu túmulo e a notícia de milagres, que teriam ocorrido mediante sua intercessão. Embora seu culto fosse já contemporâneo à sua morte, o reconhecimento oficial ocorreu com o Papa Pio XI, no ano de 1856.