Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quinta-feira 28 Março |
Aleteia logo
Oração do dia
Festividade do diaHistórias de Santos

Bem-aventurado Vladimir Ghika

Sacerdote e mártir (†1954)

WEB-SAINT-MAY-16-VLADIMIR-GHIKA-©-Vladimir-GHIKA-CC

© Vladimir Ghika CC

Seu avô, Gregório Ghika X, fora o último rei da Moldávia; seu pai, João Ghika, príncipe e general, fora ministro da defesa da Romênia, posteriormente desempenhou funções diplomáticas em diversas cortes. Portanto, Vladimir nasceu com “sangue azul” – termo usado para designar os membros de famílias nobres – no dia 25 de dezembro de 1873. Seus estudos serão realizados em Paris (pois além da atividade diplomática do pai, que levou a família a morar por um período na França, a mãe de Vladimir era francesa). Com o passar do tempo, vai sentindo um misterioso chamado a abraçar o cristianismo católico. Com grande serenidade, aos 28 anos de idade, Vladimir tomou a decisão de deixar o cristianismo ortodoxo para se tornar católico. Em seguida começa a estudar teologia com o sonho de se tornar um padre. Mas aconselhado a se manter no laicato, começa a se dedicar a vários trabalhos ligado à caridade: em 1904 inicia a ajudar as irmãs Filhas da caridade atendendo doentes num hospital de Salônico. Em Bucareste chegará a fundar um centro médico com essas mesmas irmãs e, em 1922, após tantos trabalhos, retorna à Paris. Tem agora 50 anos e deseja ardentemente se tornar padre. Após um ano, no dia 7 de outubro, príncipe Vladimir, mediante a bênção do papa Pio XI, é ordenado padre na igreja dos Lazaristas em Roma, em presença de vários representantes das mais importantes casas reais da Europa. Apesar desses sinais de grande importância, Vladimir não se deixa enganar: abandona todas as riquezas do patrimônio familiar e renuncia a qualquer pretensão de nobreza. Vai viver numa das periferias da cidade de Paris, pobre, em meio a tantos pobres. As pessoas em contato com esse padre, pressentem algo de diferente: começam a se aproximar da religião, e se dão muitas conversões. O cardeal de Paris, ao saber do fato, o obriga a voltar para a cidade e assumir uma igreja dedicada aos estrangeiros: assim padre Vladimir volta a frequentar a alta sociedade… coisa que ele menos queria. No entanto, sua ação se revela de grande importância. Não são apenas nobres que o procuram, mas também os grandes homens da cultura: Jacques Maritain, Paul Claudel etc. A todos, padre Vladimir anuncia Jesus ressuscitado da morte. Muitas vicissitudes ele ainda passaria, até que a Segunda Guerra Mundial e suas consequências batessem à porta da Europa. Em 1948, quando a Romênia caiu sob o regime comunista, Mons. Vladimir decide permanecer aí, mesmo sabendo que poderia perder sua vida. Mesmo sob constante vigilância da polícia secreta, ele não deixa de celebrar a missa. Visita os doentes, perseguidos e aflitos. Sempre que pode leva a consolação dos sacramentos. Por fim, deve cumprir uma prisão domiciliar que lhe é imposta pelas autoridades comunistas. Essa prisão era, na verdade, o prelúdio para de sua passio: em 1952 Mons. Vladimir foi preso por ser culpado de ferir a ordem pública. Tem cerca de oitenta anos, mesmo assim, é levado para a prisão, onde sofrerá brutais torturas. Mesmo com o corpo alquebrado, ele consegue encontrar forças em Jesus e na Virgem Maria. No entanto, no dia 16 de maio de 1954, como consequência dos maus tratos, Mons. Vladimir falece como mártir de Cristo. Jacques Maritain, dele havia dito: “Príncipe no mundo e por uma vocação mais alta, Sacerdote de Cristo”.

Descubra outros santos clicando aqui
Top 10
Ver mais