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São José Maria Rúbio Peralta

Sacerdote, fundador (†1929)

LAKE OF DER-CHANTECOQ IN FRANCE

By Instantvise | shutterstock

Na província de Almería, na Espanha, no dia 22 de julho de 1864 nascia José Maria Rúbio Peralta. Seus pais eram pobres agricultores da região, mas isso não impediu que ele tivesse uma infância feliz juntamente com seus outros seis irmãos. Em 1875 iniciou o Ensino Médio em Almería para poder entrar no seminário da diocese. De fato, ele, desde pequenino, tinha clareza que Deus o chamava para o sacerdócio. Em 1878 entrou no seminário e, em 1887, foi ordenado em Madri, a capital da Espanha. Após sua ordenação desempenhou a função de vigário e pároco, até que o bispo, reconhecendo um cero valor nesse jovem padre, o chamou para desempenhar a função de professor junto à uma comunidade de irmãs religiosas. Em 1905, padre José foi em peregrinação à Terra Santa, e no ano seguinte decidiu realizar um antigo desejo: entrar na Companhia de Jesus. Fará seu noviciado junto aos jesuítas de Granada e, mais tarde, desempenhará seu ministério em Madri. Cultivou uma intensa espiritualidade em torno da Eucaristia e do Sacratíssimo Coração de Jesus. Segundo consta, desde a manhã, muito cedo, se formavam filas – alguns chegaram a dizer que as filas eram tão grandes que demoravam cerca de três horas! – diante do confessionário em que padre José atendia: assim como o Cura d’Ars, padre José era capaz de tocar os corações dos penitentes através de uma linguagem simples e serena. Muitíssimas pessoas o procuravam para que ele pregasse os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola. Foi assim que formou muitos dos mártires que testemunharam sua fé durante as perseguições religiosas ocorridas logo em seguida na Espanha. Além das obras espirituais, seu ardor pela caridade foi também grande: visitava com constância os bairros mais pobres da cidade, a ponto de merecer a alcunha de “apóstolo de Madri”. Durante seu processo de canonização, as pessoas, sob juramento, testemunharam que junto de Padre José ocorriam fenômenos inexplicáveis: bilocações, telepatias, profecias… Assim, ainda em vida, padre José tinha a fama de santo “milagreiro”. No entanto, ele fugia da fama; conduzia uma vida de intensa oração e quando não estava na igreja, era comum encontrá-lo em algum lugarejo da cidade em meio aos pobres. Funda uma comunidade religiosa feminina que devia se dedicar constantemente à adoração diante do tabernáculo. Apesar de todos esses sinais, padre José se vê isolado pelos superiores, que nutrem uma grande desconfiança perante sua pessoa. Assim ocorre com muitos santos… Seguindo os passos do Mestre, também experimentam aquilo que Jesus viveu: para que vendo não enxerguem; ouvindo não ouçam…

Quando a idade e a doença se fazem sentir, e padre José pressente que seu fim está próximo, ele procura todos os seus escritos e anotações para destruí-los: seu desejo é que seja esquecido por todos; quer viver escondido no fundo do Coração do Mestre. No entanto, após sua morte, São João Paulo II o beatificará em 1985 e o canonizará em 2003: a luz de São José Maria não podia ficar escondida, devia ser colocada bem no alto sobre o candelabro!

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