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Bem-aventurada Vitória Rasoamanarivo

Viúva e princesa (†1894)

SKY

Public Domain


Nasceu em 1848 em Tananarive, na ilha de Madagascar. Sua família detinha uma antiga linhagem de sangue nobre. Conforme os usos da sociedade malgaxe, Vitória foi adotada pelo seu tio paterno, que era o comandante geral do exército de Madagascar. Recebeu uma ótima educação e seguia a religião de seus ancestrais. Com a chegada de missionários jesuítas franceses e a criação de uma escola com as Irmãs da Congregação de São José de Cluny, Vitória se inscreveu na expectativa de receber uma boa educação; mas o exemplo da vida dos padres e das irmãs aos poucos a foram impressionando de modo que foi se sentindo cada vez mais atraída pelo cristianismo. Com apenas treze anos pediu para ser recebida na Igreja e no dia 1 de novembro de 1863 foi batizada. Durante os anos seguintes, a influência da França em Madagascar se fez sentir cada vez mais forte e uma parcela do povo estava descontente com essa situação. Revoltas começaram a ocorrer e o rei Radama II foi afastado. Em seguida começaram as perseguições a todas aquelas realidades associadas à dominação francesa. Nesse contexto, a missão católica das irmãs e dos jesuítas começaram aa receber represálias e perseguições. Vitória começou a sofrer a insistência de seu pai adotivo para que deixasse sua fé católica. Apesar dos pedidos e das represálias, ela não abriu mão de sua fé; os próprios missionários, diante da crise política, desaconselhavam Vitória a insistir em seu desejo de se dedicar totalmente a Deus por meio de uma consagração e que seria melhor exercer seu apostolado no seio de sua família. A moça aceitou os conselhos dos religiosos e, em seguida, conforme os costumes de sua terra, foi oferecida em casamento a um alto oficial do exército de Madagascar. O único pedido de Vitória foi para que o casamento viesse a ser celebrado diante de um sacerdote católico. Sua vida matrimonial não foi feliz: seu marido bebia e era prisioneiro de várias paixões. A vida dissoluta de seu marido era tão degradante que os próprios parentes de Vitória a aconselhavam buscar um divórcio; mas consciente da indissolubilidade do matrimônio ela lhe foi fiel até sua morte. Por meio de seu exemplo abnegado, Vitória conquistou uma grande autoridade moral e se tornou uma defensora respeitada da presença da Igreja católica na ilha de Madagascar; chegou a se tornar “Pai e mãe” dos fiéis católicos sob perseguição na ilha. Sua fé resoluta possibilitou o retorno dos missionários em 1886, pois alguns anos antes haviam sidos expulsos pelo governo. As testemunhas falam de sua vida de oração – chegava a ficar seis ou sete horas em oração diante do Santíssimo na igreja – e voltada ao próximo, principalmente aos pobres, prisioneiros, abandonados e leprosos. Faleceu no dia 21 de agosto de 1894 com apenas 46 anos de idade, sua morte gerou um grande lamento no povo malgaxe que nutria um grande respeito por Vitória. Foi beatificada por São João Paulo II no dia 29 de abril de 1989 em Antannarivo, Madagascar.

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