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São Pedro Damião

Bispo e Doutor da Igreja (†1072)

PETER DAMIAN

Public Domain

Pedro nasceu por volta do ano 1007, em Ravena, Itália. Filho caçula de numerosa família, seu pai morreu quando era ainda muito pequeno e sua educação ficou ao encargo de seu irmão mais velho Damião. Estudou Teologia e Direito Canônico em Ravena, Faença, Pádua e foi professor na Universidade de Parma.

Vivendo no tempo de grande florescimento do monaquismo, cujo maior referencial era a Abadia de Cluny, Pedro foi atraído pela vida monástica. Em 1035, evitando o luxo dos mosteiros cluníacos entrou para o Mosteiro Camaldulense de Fonte Avelana, perto de Gubbio. Tanto como noviço, quanto como monge, seu fervor foi notável, mas levava-o por vezes a tais extremos de auto mortificação que a sua saúde acabou afetada durante suas penitências. Quando se recuperou, foi nomeado para ensinar os companheiros e, a pedido de Guido d’Arezzo e outros abades vizinhos, ensinou também por uns dois ou três anos em outros mosteiros.

Pedro Damião deu uma valiosa contribuição ao papa Alexandre II em sua luta contra o antipapa Pedro Cadalus (Honório II). Em julho de 1061, o papa morreu e novamente um cisma dividiu a igreja ocidental. Pedro Damião usou de todos os meios à sua disposição para persuadir Cadalus a recuar, mas não teve sucesso. Finalmente, Anno II, o arcebispo de Colônia e regente no Sacro Império Romano-Germânico, convocou um concílio em Augsburgo onde foi lido um longo argumento de Pedro Damião e ajudou para que a decisão fosse favorável a Alexandre II.

Em 1063, o papa realizou um sínodo em Roma no qual Pedro Damião foi nomeado legado para resolver o conflito entre a Abadia de Cluny e o bispo de Macon. Seguiu para a França, convocou um concílio em Chalon-sur-Saône, provou que os cluníacos estavam certos, resolveu outras questões da igreja da França e retornou no outono seguinte para Fonte Avelana. Enquanto estava na França, Pedro Cadalus tentou novamente conquistar o trono em Roma e Pedro acabou sendo duramente admoestado por Alexandre II e Hildebrando por ter imprudentemente, por duas vezes, apelado aos poderes seculares para que julgassem o caso.

Depois de um período de retiro em Fonte Avelana, seguiu, em 1069, como legado papal para o Império Romano-Germânico, onde persuadiu o imperador Henrique IV a desistir de se divorciar de sua esposa Berta, retornando para Fonte Avelana em seguida.

No início de 1072 foi enviado a Ravena para reconciliar a população da cidade com a Santa Sé depois de todos terem sido excomungados por apoiarem o arcebispo em sua aliança com o incansável Cadalus. No caminho de volta, Pedro foi acometido por uma febre perto de Faença. Ficou doente por uma semana no mosteiro da moderna Santa Maria Vecchia e, na véspera da festa da Cátedra de São Pedro, ordenou que o ofício da festa fosse recitado e faleceu ao final do ofício de Laudes. Foi imediatamente enterrado na igreja do mosteiro.

Foi proclamado Doutor da Igreja pelo papa Leão XII, em 1823. Seu corpo foi trasladado seis vezes, e pelo menos até o ano de 1595 encontrava-se incorrupto e, desde 1898, está numa capela a ele dedicada na Catedral de Faença.

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