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São Cirilo de Alexandria

Bispo e Patriarca de Alexandria no Egito (†444)

CYRIL OF ALEXANDRIA

Lawrence OP CC

Pouco se sabe da infância de Cirilo. Acredita-se que tenha nascido em 376, na pequena cidade de Teodósio, no Egito, perto da moderna El-Mahalla El-Kubra. Em 385, após seu nascimento, o irmão de sua mãe, Teófilo, assumiu a posição de Patriarca de Alexandria. Sua mãe permaneceu junto a seu irmão, e sob sua orientação, Cirilo foi bem educado. Seus escritos mostram seu conhecimento dos escritores cristãos de sua época, incluindo Eusébio, Orígenes, Dídimo, o Cego e teólogos da Igreja de Alexandria. Ele recebeu a típica educação cristã daquela época: estudou gramática de doze a quatorze anos (390-392), retórica e humanidades de quinze a vinte (393-397) e finalmente teologia e estudos bíblicos (398-402). Aos 27 anos, acompanhou Teófilo quando foi participar do Sínodo que depôs ilegitimamente São João Crisóstomo da sede de Constantinopla, em 403.
Teófilo morreu em 15 de outubro de 412 e Cirilo foi nomeado patriarca de Alexandria, em 18 de outubro de 412, mas somente depois de uma rebelião entre seus partidários e os de seu rival, o arquidiácono Timóteo. Cirilo seguiu seu tio em uma posição que se tornou poderosa e influente, rivalizando com a do prefeito em um momento de turbulência e frequentes conflitos violentos entre os habitantes pagãos, judeus e cristãos daquela cidade. Começou a exercer sua autoridade fazendo com que as igrejas dos novacianos fossem fechadas e fossem tomados seus objetos sagrados.
Cirilo tornar-se-á conhecido, sobretudo, por sua posição firme em defesa fé. Tal firmeza, muitas vezes, condimentada com certa violência e autoritarismo, mereceram sérias críticas de seus contemporâneos. O ambiente carregado de paixões, dividido em partidos, forçosamente jogaria um deles contra o vigoroso bispo.
Desde 428, Cirilo empenhou-se na luta contra as ideias de um sacerdote de Antioquia, Nestório, elevado à sede episcopal de Antioquia. O ensinamento de Nestório vinha escandalizando os fiéis há mais tempo. Segundo ele, em Jesus Cristo havia duas pessoas: a divina e a humana; a pessoa divina habitava no homem Jesus, como alguém numa tenda; em consequência não havia unidade pessoal das duas naturezas, divina e humana, em Cristo, e as ações de Cristo, mesmo a paixão e morte, não eram próprias Jesus Deus, mas de Jesus simples homem. Nestório combatia também o que tradicionalmente o povo dava a Maria, chamando-a Mãe de Deus reação entre os próprios fiéis era grande e esta novidade doutrinal ficou conhecida por todo o Oriente. Contra tal doutrina Cirilo moveu todas as suas energias, movimentou bispos, escreveu tratados, feriu pessoas com seu comportamento grotesco. O Concílio de Éfeso, em 431, sob o clima de profunda animosidade e levantes populares contra Nestório, acabou rejeitando a doutrina nestoriana e proclamando a doutrina ortodoxa em favor da maternidade divina de Maria, segundo o Concílio de Niceia celebrado em 325. A doutrina ortodoxa enunciada com estas palavras: “Há um só Cristo, um só Filho de Deus, um só Senhor; e pela união, não confusão, das duas naturezas, divina e humana em Cristo, a santa Virgem Maria é chamada Mãe de Deus”.
Após o concílio, Cirilo escreveu ainda vários tratados, cartas e sermões. Foi patriarca alexandrino por trinta e dois anos e reinou até a sua morte, dia 27 de junho 444.
Aqueles que usam calendários anteriores à revisão de 1969 ainda observam o dia 9 de fevereiro como o seu dia, mas a revisão atribuiu ao santo o dia 27 de junho, tradicionalmente o dia de sua morte. Em 9 de abril de 1944, por ocasião do 15º centenário da morte de São Cirilo, o Papa Pio XII promulgou a encíclica Orientalis Ecclesiae.

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