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Santo Estêvão Harding

Santo Estêvão Harding Abade (+1134)

12 APOSTLES OF IRELAND

Andreas F Borchert | CC BY SA 3.0

São Bernardo de Claraval (1090-1153), o grande reformador cisterciense, com sua fama acabou por obscurecer a obra de outros santos não menos importantes para a célebre ordem monástica. Nesse sentido, são importantíssimas as figuras de são Roberto de Molesme (1029-1111) e de santo Estêvão Harding (1060-1134) ambos fundadores do mosteiro de Citeaux, de onde surgiu o nome “Cisterciense” (de cistercium, o nome latino de Citeaux. Talvez a palavra “Cistercium” venha da frase latina “cis tertium lapidem miliarum” ou seja: “aquém da terceira pedra miliar”, uma alusão aos marcos colocados para indicar as distâncias). Santo Estêvão foi o terceiro abade de Citeaux e foi também ele quem acolheu na comunidade monástica, o futuro são Bernardo, o fundador da abadia de Claraval. Estêvão nasceu por volta do ano 1060 numa família de nobres. Ainda jovem entrou na abadia beneditina de Sherborne, onde fez sua profissão religiosa. A invasão dos normandos fez com que ele abandonasse a vida religiosa e partisse para a Escócia. Mais tarde foi para Paris, para se dedicar aos estudos e, em seguida, foi para Roma numa peregrinação penitencial, em busca do perdão em virtude de seu abandono da vida monástica. Ao voltar, ia recitando o saltério ao longo da estrada. Passando por uma abadia na Borgonha, Estêvão se sentiu atraído pela vida pobre e austera dessa comunidade e, ao final, decidiu aí viver. Mais tarde, seguindo o abade fundador, Roberto, com um pequeno grupo de monges, Estêvão se transferiu para a região de Citeaux, onde fundariam um novo mosteiro. Num primeiro momento Roberto foi o abade fundador, mas outros problemas fizeram com que ele tivesse que retornar para o antigo mosteiro. Em seu lugar assumir o monge Alberico, que conduziria a pequena comunidade por dez anos. Após sua morte, Estêvão foi eleito como seu sucessor. Ao assumir como novo abade, ele se dedicou a reformar os livros litúrgicos e à fixação do texto bíblico usados no mosteiro. Aos poucos, santo Estêvão foi configurando o rosto da comunidade de Cister. Sua vida foi constelada de trabalhos importantes: os papas de seu tempo o encarregaram várias vezes de resolver problemas nascidos entre as várias abadias. Depois de 24 anos governando sua abadia, Estêvão, sentindo-se velho e cansado, pediu sua demissão no ano 1133. No dia 28 de março de 1134 cerrou seus olhos e entregou seu espírito. Por ocasião de sua morte, a ordem cisterciense contava já com mais de setenta mosteiros espalhados por toda a Europa.

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