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Santa Joana D’Arc

Mártir (†1431)

JOAN OF ARC

Public Domain

Santa Joana D’Arc

A mais empolgante e quase inverossímil dentre todas as história dos santos é, para muitos, a de Santa Joana d’Arc, heroína de 19 anos, guerreira que nunca feriu ninguém, comandante de exército e mártir da pátria e da fé.

Sua vocação foi única na biografia cristã, pois teve a incrível tarefa de libertar a sua pátria, a França, dos invasores ingleses, além de coroar o legítimo Rei Carlos VII, garantindo assim a independência dos franceses.

Jeanne d’Arc nasceu em Domrémy-la-Pucelle, na região de Lorena, França. A data de seu nascimento é imprecisa, mas, de acordo com o seu interrogatório em 24 de fevereiro de 1431, Joana teria respondido ter na época 19 anos; portanto, teria nascido em 1412.

Filha de Isabelle de Romée e Jacques d’Arc, teve mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, sendo ela a mais nova de todos. Seus pais eram agricultores e, de vez em quando, artesãos.

Era analfabeta e usava como assinatura uma simples cruz.

Aos 13 anos, foi escolhida por Deus ter para experiências sobrenaturais. Apareciam-lhe amiúde o Arcanjo Miguel e as Santas Catarina e Margarida, a fim de prepará-la para a missão extraordinária a que Deus a destinava.

A condição política da França era complexa. Havia decênios, o país era invadido por exércitos ingleses, chefiados por Henrique VI, que se arvorava o direito de conquistar o trono da França. Por toda parte se encontravam ruínas e destruição.

As vozes angélicas chamavam Joana a rechaçar os usurpadores e reconquistar a cidade de Orléans a fim de que Carlos VII fosse coroado em Reims como legítimo rei da França – tarefa aparentemente impossível para uma pobre, tímida e inexperiente donzela de 16 anos.

Joana foi a Vaucouleurs, cidade vizinha a Domrèmy. Recorreu a Robert de Baudricourt, capitão da guarnição Armagnac, estabelecida em Vaucouleurs, para lhe ceder uma escolta até Chinon, onde estava o rei, já que teria de atravessar todo o território hostil defendido pelos ingleses e borgonheses. Quase um ano depois, Baudricourt aceitou enviá-la escoltada até o rei. Entre os seis homens que a acompanharam estavam Poulengy e Jean Nouillompont (conhecido como Jean de Metz). Jean esteve presente em todas as batalhas posteriores com Joana d’Arc.

O rei providenciou que se fizesse o mais severo inquérito sobre o comportamento e intenções de Joana e só aceitou a sua mediação quando viu claramente um sinal divino. Granjeada a plena confiança do rei e de seus conselheiros, Joana, montada num cavalo branco, revestida de armadura de aço conforme o costume do tempo e segurando um estandarte com a Cruz de Cristo e os Santíssimos Nomes de Jesus e Maria, chefiou militares e oficiais na batalha decisiva contra os ingleses, sem nada conhecer de estratégia militar.

Arrastados pelo fascínio sobrenatural de Joana, os militares empreenderam um batalha contra a cidade de Orléans, reconquistando-a das mãos dos ingleses. Os soldados, acostumados à rude vida militar, viam em Joana um ser angélico, em cuja presença ninguém se atrevia a dizer ou praticar inconveniências.

Reconquistada Orléans, rechaçados os inimigos, Joana acompanhou Carlos VII a Reims, a fim de que fosse oficialmente coroado rei da França. Esta delicada missão durou mais ou menos um ano, depois do qual ela desejou voltar para a sua terra, para o campo.

No entanto, o rei insistiu para que ela continuasse a chefiar o exército na reconquista de Paris, em cuja missão, porém, ela não foi feliz.

Ferida, caiu nas mãos dos adversários, que a entregaram às autoridades inglesas a preço de ouro. Humilhada e torturada, seus inimigos tencionavam induzi-la a negar a sua missão divina e renegar as suas visões. Tudo foi inútil. Após um ridículo e indignante processo em que sacerdotes excomungados a condenaram como feiticeira, blasfema e herege, Joana foi condenada à fogueira.

A jovem foi executada no dia 30 de maio de 1431. Antes da execução, ela se confessou com Jean Totmouille e Martin Ladvenu, que lhe deram o sacramento da Eucaristia. Joana entrou vestida de branco na praça cheia de gente e foi colocada na plataforma que haviam montado para sua execução. Após lerem o seu veredito, Joana foi queimada viva. Suas cinzas foram jogadas no Rio Sena para não se tornarem objeto de veneração pública. Era o fim da heroína francesa – aparentemente.

Joana d’Arc foi beatificada na Catedral de Notre-Dame de Paris pelo Papa São Pio X em 18 de abril de 1909 e canonizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, pelo Papa Bento XV no dia 16 de maio de 1920.

Ao longo dos séculos, a sua história quase mítica inspira e comove milhões de crentes e não crentes no mundo inteiro.

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