Bem-aventurada Judite de Sangerhausen

É considerada a padroeira da Prússia, uma região do norte da Alemanha. Nasceu nos arredores de Sangerhausen, uma pequena localidade da Turíngia, em data incerta. A primeira compilação sobre sua vida foi feita na metade do século XVII pelo padre Jesuíta Frederico Schembek. Esse autor consultou a documentação canônica de 1275, de modo que suas informações são consideradas de caráter histórico. Nesse escrito, o autor relata que Judite foi agraciada por Deus desde sua infância: mediante uma visão extraordinária, escolheu a vida matrimonial, casando-se mais tarde com um cavaleiro chamado Henrique de Raspe. Viveram uma vida matrimonial exemplar por alguns anos, já que seu marido, morreria durante uma peregrinação feita à Terra Santa. Viúva, Judite pôde se dedicar com maior intensidade à oração e ao cuidado dos leprosos: nessa atividade, deu várias vezes um testemunho heroico de caridade. Por outro lado, se dedicou também ao cuidado e à assistência dos recém-convertidos à fé cristã, cuidando das suas doenças e amparando-os na fé: pode-se dizer que Judite se sacrificou na solidão e na oração por todo o povo daquela região. A data de sua morte é um pouco incerta, mas normalmente se considera o dia 6 de maio do ano de 1255, que nesse ano fora a vigília da Ascensão do Senhor. Após a morte de Judite, o bispo local quase que imediatamente aprovou o culto de veneração à Bem-aventurada. No século XVII houve uma retomada desse culto e a tentativa de reconhecimento do corpo de Judite, mas ao se abrir sua sepultura, infelizmente nada se encontrou. Junto de seu túmulo há ainda uma pintura do século XVII com uma inscrição em que se afirma “Santa Judite, padroeira da Prússia”.