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São Severino

Abade (†482)

GARDENER

Halfpoint / Shutterstock

Quando alguém perguntava a sua idade ou algo sobre sua família, Severino se limitava a responder que um pregador do Evangelho não tem outra idade diante dos olhos senão a eternidade, nem outra pátria senão o céu. Mas, alguns traços de sua personalidade indicavam que ele seria de origem romana. Seu discípulo, Eugípio, informa que ele, Severino, durante sua juventude havia se sentido atraído pelo ideal da vida solitária, em busca da perfeição espiritual. Para tanto, se dirigiu para o oriente e aí buscou viver seu ideal, seguindo a regra de São Basílio. Essa foi sua vida, até que um chamado sobrenatural o fez abandonar o mosteiro e se dirigir até a região da atual Áustria, estabelecendo-se numa aldeia às margens do rio Danúbio. Vivia uma vida simples, demonstrando uma grande piedade e caridade por todos aqueles que o procuravam. Em pouco tempo granjeou a estima de todos. Um dia, saindo de seu pequeno quarto, percorreu as estradas da aldeia chamando todos para virem até igreja. Quando todos chegaram ele começou a dizer que pairava uma grande ameaça sobre os habitantes da aldeia; que os bárbaros estavam nas proximidades e que todos deveriam se mobilizar para fechar as portas da aldeia e se colocar em atitude de defesa, oração e fazer penitência. Quase todos não levaram a sério as palavras do monge. Voltando desolado para seu pequeno quarto, Severino prevendo o desastre, disse para aquele que o hospedava o dia e a hora exata em que aconteceriam as coisas que havia profetizado. Em seguida disse que deixaria a cidade, pois ela estava destinada à destruição. Chegando numa cidade próxima, Severino fez o mesmo anúncio. Em princípio, os habitantes não quiseram escutá-lo, mas chegando um ancião do vilarejo que havia sido destruído, conforme as previsões do santo, todos começaram a se preparar para o ataque dos bárbaros e a fazer penitências. Quando os bárbaros chegaram, começaram o assédio à cidade, mas ao contrário do que ocorrera com a aldeia, no final do terceiro dia de assédio, um tremor de terra afugentou todas as tropas dos bárbaros inimigos. A partir desse fato, Severino tornou-se o apóstolo daquela região, sendo venerado como um santo já em vida. Sua fama fora tão grande que o clero local começou a nutrir um grande ciúme por ele. Diante da oposição dos sacerdotes, mais uma vez Severino se dirigiu para outra região, onde sua pregação teve imediata acolhida. Aí fundou um mosteiro, por volta do ano 456 e, em pouco tempo, a comunidade monástica tornou-se florescente. Por trinta anos o santo se dedicou à evangelização de toda a região, obtendo várias conversões entre os bárbaros e a melhoria dos costumes entre os cristãos. Para esse fim, o Senhor havia permitido que uma série de prodígios acontecesse por meio de Severino: segundo a tradição, havia uma aldeia em que alguns cristãos teriam tido participação em sacrifícios pagãos. Ao perguntar quem teria cometido tal sacrilégio, nenhum dos presentes se manifestou. Nesse momento ocorreu um milagre: todos haviam sido convidados a comparecer na igreja trazendo uma vela apagada nas mãos. Após a oração do santo, aqueles que não haviam participado do ritual pagão perceberam que suas velas haviam acendido sozinhas, enquanto os demais, viram que suas velas não haviam acendido, denunciando seu pecado. Diante desse prodígio, os maus cristãos imediatamente procuraram o caminho do arrependimento e da conversão. Muitos outros prodígios foram atribuídos pela tradição a São Severino, que chegou a prever a própria morte. Após várias vicissitudes, seus restos mortais repousam na cidade de Nápoles, na abadia beneditina que leva seu nome: São Severino.

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