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Oração do dia
Meditação do diaquinta 14 Outubro

O pecado contra o Espírito Santo.
Tendo em conta tudo o que temos vindo a dizer até agora, tornam-se mais compreensíveis algumas outras palavras impressionantes e surpreendentes de Jesus. Poderemos designá-las como as palavras do «não-perdão». São-nos referidas pelos Sinóticos, a propósito de um pecado particular, que é chamado “blasfêmia contra o Espírito Santo”. [...]. Porquê a “blasfêmia” contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido entender esta “blasfêmia”? Santo Tomás de Aquino responde que se trata da um pecado “imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados”. Segundo essa exegese, a “blasfêmia” não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita o deixar-se “convencer quanto ao pecado”, que provém do Espírito Santo e tem caráter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a “vinda” do Consolador: aquela “vinda” que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que “purifica a consciência das obras mortas”. Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas “obras mortas”, no pecado. E a “blasfêmia contra o Espírito Santo” consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por ele operada na consciência.
São João Paulo II
Encíclica Dominum et vivificantem, 46.
Primeiro Papa polonês da história da Igreja (1920-2005).

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