Bem-aventurado Gerhard Hirschfelder

Gerhard Hirschfelder foi um sacerdote que pertenceu ao primeiro grupo de padres do movimento de Schoenstatt. Nascido aos 17 de fevereiro de 1907 em Glatz, na Silésia, foi ordenado sacerdote em 1932. Desempenhou alguns trabalhos como capelão e foi responsável pela pastoral da juventude de sua diocese numa época extremamente difícil para os jovens de língua alemã. Era o tempo da propaganda nazista, que buscava nos jovens seguidores capazes de sustentar o movimento político e a máquina de guerra alemã. Ao perceber os efeitos nocivos da propaganda nazista, Padre Gerhard buscou afastar os jovens dessa tentação com todas suas forças. Em suas homilias, o jovem padre corajosamente denunciava os excessos e o uso da violência por parte dos nazistas. A Gestapo, isto é, a polícia secreta não ficou indiferente ao perigo que Padre Gerhard representava para os interesses do partido: em 1941, durante uma reunião com jovens, o padre foi preso e levado para uma prisão em Glatz, onde permaneceu por 4 meses. Durante o período do cativeiro, Padre Gerhardt escreveu importantes reflexões sobre assuntos variados. No dia 15 de dezembro de 1941 foi transferido para o temível campo de concentração de Dachau. Aí, como os demais prisioneiros, sofreu os horrores dos campos de concentração. Por outro lado, foi veio a se unir ao primeiro grupo de padres do movimento de Schoenstatt, junto com os padres Carlos Leisner, Richard Henkes e Alois Andritzki. Durante alguns meses, Padre Gerhard resistiu como pôde ao campo de concentração, mas debilitado pela fome e pelas privações do campo, veio a falecer vitimado por uma forma grave de pneumonia no dia 1 de agosto de 1942. Seus restos mortais foram sepultados na cidade polonesa de Czerma, onde havia trabalhado como capelão. Papa Bento XVI chegou a afirmar sobre Padre Gerhard e companheiros: “São homens que ensinaram a dar a própria vida pela fé, pelo direito a exercer livremente o próprio credo e pela liberdade de palavra, pela paz e pela dignidade humana”.