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Bem-aventurado Sinforiano (Félix) Ducki

Religioso capuchinho, mártir (†1942)

BIBLE

Public Domain

No dia 10 de maio de 1888 veio ao mundo um menino. Nascido em Varsóvia, capital da Polônia, seus pais o levaram no dia 27 daquele mesmo mês para receber o batismo: na pia batismal recebeu o nome de Félix. Sua infância transcorreu com relativa tranquilidade. Quando completou seus trinta anos, soube do retorno dos frades capuchinhos para seu convento, que fora abandonado em 1864 devido a perseguições que haviam varrido a Polônia. Félix os procurou imediatamente e se apresentou como um velho admirador dos franciscanos; no mesmo momento pediu para se unir ao grupo. Foi aceito primeiro como aspirante e, posteriormente, como postulante. Dois anos depois começou o noviciado, assumindo o nome religioso de Sinforiano – um santo mártir da Igreja antiga. Em 1921 emitiu seus votos simples e, em 1925, fez sua profissão solene. Seu caráter era afetuoso, granjeando quase sempre a simpatia das pessoas. Apesar de seu relacionamento fácil, nunca abandonou o espírito de oração e de devoção. Muitas pessoas de Varsóvia vinham visitá-lo, sinal que gozava de grande estima do povo. Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, Frei Sinforiano se desdobrou para não deixar faltar nada nem para seus confrades e nem para os pobres. Em 1941, no fia 27 de junho a Gestapo, a famigerada polícia secreta dos nazistas, invadiu o convento e prendeu todos os 22 capuchinhos que aí estavam. Começava o calvário. No dia 3 de setembro Frei Sinforiano foi despachado para o temível campo de Auschwitz. Aí sofreu a fome, a perseguição, suportando tudo em silêncio. A pouca comida que era entregue aos prisioneiros era insuficiente para manter em vida qualquer um. Depois de sete meses nessa situação, já desnutrido, como tantos outros no campo de concentração, Frei Sinforiano foi condenado a uma morte violenta. Certa noite quando os soldados nazistas tinham começado a massacrar os prisioneiros com severos golpes de cassetete na cabeça, Sinforiano o enfrentou, fazendo um sinal da cruz sobre eles. Isso foi suficiente para que os soldados fossem ao seu encontro e lhe dessem um fortíssimo golpe de cassetete na cabeça. Caindo por terra, Frei Sinforiano ainda encontrou forças para se levantar e, novamente, traçar o sinal da cruz sobre seus assassinos. Foi a gota d’água: o assassinaram ali mesmo, diante de todos. Era o dia 11 de abril de 1942. Sua morte, no entanto, não foi em vão: com seu simples gesto de traçar a cruz, Frei Sinforiano conseguiu barrar a selvageria que os soldados estavam fazendo contra os prisioneiros nessa noite. As testemunhas consideram que, pelo menos, outras quinze pessoas foram salvas de morrer sob os golpes de cassetete dos guardas. Nessa mesmíssima noite, os sobreviventes, com grande veneração, carregaram o corpo de Frei Sinforiano e dos outros que haviam sido assassinados, para os fornos crematórios de Auschwitz.

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