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Oração do dia
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Bem-aventurado João Duarte Martim

Diácono e mártir (†1936)

MEXICO

Carlos Martinez Blando-(CC BY-SA 3.0)

Santo do dia

Nascido em 17 de março de 1912 em Yunquera – a 65Km de Málaga, Espanha – João Duarte era filho de um casal de agricultores da região. Segundo alguns relatos da própria família, João Duarte parecia apresentar sinais de vocação desde sua tenra infância: suas brincadeiras de criança preferidas era a preparação de pequenos altares e fazer procissões. Com doze anos de idade entrou no seminário de Málaga; testemunhos dos companheiros diziam que era um estudante sério e que dava com prazer para os alunos das classes anteriores aqueles livros que já não lhe serviriam. Também desempenhava um papel no campo da catequese: com certa frequência reunia crianças para lhes dar algumas palavras e depois as conduzia diante do Santíssimo Sacramento. Rezava o terço todas as noites e antes de dormir, de joelhos, fazia seu exame de consciência. Naqueles anos, no entanto, a vida começou a ficar muito difícil: era o momento em que o conflito da guerra civil espanhola começava. Apesar disso, retomou os estudos em Málaga: no dia 6 de março de 1936 foi ordenado diácono na Catedral de Málaga. Apesar da perseguição contra os católicos, João nunca deixou de usar a veste eclesiástica; talvez tenha sido por isso que no dia 18 de julho de 1936, uma brigada de revoltosos entrou pela primeira vez na casa da família Duarte para fazer uma busca. No dia 7 de novembro, quando João estava em casa com sua mãe rezando o breviário, recebeu o aviso da chegada dos milicianos: correu para se esconder no curral dos porcos, mas tendo esquecido o breviário na casa, fez com que os milicianos revistassem tudo até que o encontraram. João foi preso e os milicianos queriam ouvir de sua boca uma blasfêmia contra o Cristo, mas tudo o que ouviam – apesar dos golpes de bastão que desferiam contra o pobre diácono era “Viva, Cristo Rei!”. Começaram então a torturá-lo com maiores requintes de crueldade: enfiavam lascas de madeira debaixo de suas unhas e fava choques elétricos em seus genitais. Apesar dos sofrimentos, João confessava com maior coragem sua fé. Como paródia o colocaram sobre um jumento e o levaram em procissão pelas ruas da aldeia: as pessoas, diante do espetáculo piedoso, em vez de injuriá-lo, foram tomadas de piedade. Enfurecidos pelo resultado negativo, os milicianos colocaram João diante de uma moça nua, imaginando assim tentar o pobre diácono. Mesmo assim ele manteve-se firme e não violou sua castidade. Os soldados então colocaram uma navalha nas mãos da moça e deram ordem de que ela cortasse seus genitais: nem mesmo essa ameaça perturbou a fé de João Duarte. Foi levado então para junto de um riacho da região: abriram suas costas com uma faca e, jogando gasolina na ferida, atearam fogo ao corpo do mártir. Em meio às chamas, João disse: “Já o vejo!”. “Quem estás vendo?” perguntou um dos milicianos que disparou um tiro de pistola contra sua cabeça, matando assim o diácono. Por alguns dias seu cadáver ficou insepulto, até que um homem o enterrou junto a uma oliveira. Sete meses depois a família conseguiu recuperar seu corpo e dar uma digna sepultura. No dia 28 de outubro de 2007 foi beatificado na praça de São Pedro, junto com o grupo de 498 mártires da guerra civil espanhola.

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