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São Roberto Southwell

Mártir Jesuíta (†1595)

CHAPEL

Public Domain

Santo do dia

Robert Southwell nasceu, no ano de 1561, em Horsham Saint Faith, na região de Norfolk, Inglaterra.
Ainda muito jovem foi enviado à França para concluir seus estudos, uma vez que todas as instituições acadêmicas inglesas haviam se tornado protestantes. Ele estudou no English College, em Douai, e no Lycée Louis-le-Grand, em Paris. Retornou a Douai em 15 de junho de 1577.
Um ano depois partiu para Roma com a intenção de se juntar à Companhia de Jesus. Foi admitido para um período de provação na casa de Sant’Andrea em 17 de outubro de 1578 e em 1580 foi incorporado à Companhia de Jesus. Após concluir o noviciado iniciou os estudos de filosofia e teologia no Colégio dos Jesuítas, em Roma. Durante esse período, trabalhou como um dos líderes da Congregação. Foi ordenado sacerdote em 1584.
Em 1586 foi para enviado para a Inglaterra como missionário jesuíta, juntamente com Henry Garnet. Quando chegou a Londres tentou ajudar outros padres católicos a entrar na Inglaterra e a encontrar acomodação, pois era justamente o momento da afirmação na ilha da Igreja Anglicana, nascida da divisão entre o rei Henrique VIII e o Romano Pontífice. Administrou, também, os sacramentos nos países ao redor da capital e escreveu livros e panfletos sobre a fé católica em nome de uma gráfica secreta fundada por Garnet. Em 1591, ocupou a maior parte de seu tempo escrevendo. Embora o nome de Southwell não estivesse publicamente associado a nenhum de seus trabalhos, sua atividade literária era suspeita pelo governo.
Uma mulher, ou mais precisamente o testemunho dela contra o padre jesuíta foi decisivo para revelar a presença de Southwell na Inglaterra. Depois de seis anos de trabalho missionário, Southwell foi preso em Uxendon Hall, Harrow. Ele tinha o hábito de visitar a casa de Richard Bellamy, que morava perto de Harrow e estava sob suspeita por conta de seus contatos com Jerome Bellamy, que havia sido executado. Uma de suas filhas, Anne Bellamy, foi presa e aprisionada na portaria de Holborn. Tendo sido interrogada e estuprada por Richard Topcliffe, o principal caçador de sacerdotes e torturador da rainha, ela delatou Southwell e ele foi imediatamente preso.
Primeiramente foi levado para a casa de Topcliffe, ao lado da prisão de Gatehouse, onde foi submetido à tortura das “algemas”. Permaneceu em silêncio na custódia de Topcliffe por quarenta horas. A rainha, então, ordenou que Southwell fosse levado para Gatehouse, onde uma equipe de torturadores do Conselho Privado ‘trabalhou’ nele. Ao serem malsucedidos, deixaram-no “ferido, morrendo de fome, coberto de vermes e piolhos, para deitar em sua própria sujeira”. Após cerca de um mês, ele foi transferido, por ordem do Conselho, para confinamento solitário na Torre de Londres. De acordo com as primeiras narrativas, seu pai pedira à rainha que seu filho, se fosse culpado pela lei, deveria sofrer daquela maneira, mas, se não fosse culpado, deveria ser tratado como um cavalheiro, e que, como pai, deveria poder lhe fornecer o necessário para viver. Nenhuma evidência documentada de tal petição sobreviveu, mas algo do tipo deve ter acontecido, já que seus amigos foram capazes de fornecer-lhe comida e roupas, enviar-lhe as obras de São Bernardo e uma Bíblia. Seu superior, Henry Garnet, contrabandeou um breviário para ele. Southwell permaneceu na Torre por três anos, sob a supervisão de Topcliffe.
Em 1594, o Conselho Privado aprovou uma resolução para a acusação de Southwell sob acusação de traição. Ele foi removido da torre para a prisão de Newgate, onde foi colocado em um buraco chamado Limbo.
Em 21 de fevereiro de 1595, já condenado, Southwell foi enforcado em Tyburn. A execução da sentença contra um ladrão de estrada notório havia sido marcada para a mesma data, mas em um lugar diferente – talvez para afastar as multidões – e, no entanto, muitos testemunharam a morte de Southwell. Tendo sido arrastado pelas ruas em uma carruagem, ele foi enforcado fazendo o sinal da cruz com suas mãos marcadas e recitando uma passagem bíblica. Ficou pendurado na forca por um breve tempo, fazendo o sinal da cruz enquanto pôde. Seu corpo, sem vida, foi então estripado e esquartejado. Sua cabeça decepada foi exibida para a multidão, mas ninguém gritou o tradicional “Traidor!”.
Foi beatificado em Roma no dia 15 de dezembro de 1929, pelo Papa Pio XI e canonizado no mesmo local pelo Papa Paulo VI no dia 25 de outubro de 1970.

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