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São Bartolomeu

Apóstolo (†51)

BARTHOLOMEW

Public Domain

“Na série dos Apóstolos chamados por Jesus durante a sua vida terrena, hoje quem atrai a nossa atenção é o apóstolo Bartolomeu. O seu nome é claramente um patronímico, porque é formulado com uma referência explícita ao nome do pai. De fato, trata-se de um nome provavelmente com uma marca aramaica, Bar Talmay, que significa precisamente “filho de Talmay”.

Não temos notícias relevantes acerca de Bartolomeu; com efeito, o seu nome recorre sempre e apenas no âmbito dos elencos dos Doze apóstolos e, por conseguinte, nunca está no centro de narração alguma. Mas, tradicionalmente ele é identificado como Natanael: um nome que significa “Deus deu”. Este Natanael provinha de Caná (cf. Jo 21, 2), e, portanto é possível que tenha sido testemunha do grande “sinal” realizado por Jesus naquele lugar (cf. Jo 2, 1-11). A identificação das duas personagens provavelmente é motivada pelo fato que este Natanael, no episódio de vocação narrada pelo Evangelho de João, é colocado ao lado de Filipe, isto é, no lugar que Bartolomeu ocupa nos elencos dos Apóstolos narrados pelos outros Evangelhos. Filipe tinha comunicado a este Natanael que encontrara “aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas: Jesus, filho de José de Nazaré” (Jo 1, 45). Como sabemos, Natanael atribuiu-lhe um preconceito bastante pesado: “De Nazaré pode vir alguma coisa boa?” (Jo 1, 46a). O Evangelho de João refere-nos que, quando Jesus vê Natanael aproximar-se exclama: “Aqui está um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento” (Jo 1, 47). Trata-se de um elogio que recorda o texto de um Salmo – “Feliz o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade” (Sl 32, 2) -, mas que suscita a curiosidade de Natanael, que responde com admiração: “Como me conheces?” (Jo 1, 48a). A resposta de Jesus não é imediatamente compreensível. Ele diz: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas sob a figueira” (Jo 1,48b). Não sabemos o que aconteceu sob esta figueira. É evidente que se trata de um momento decisivo na vida de Natanael. Ele sente-se comovido com estas palavras de Jesus, sente-se compreendido e compreende: este homem sabe tudo de mim, Ele sabe e conhece o caminho da vida, neste homem posso realmente confiar-me. E, assim responde com uma confissão de fé límpida e bela, dizendo: “Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel” (Jo 1, 49).

Da sucessiva atividade apostólica de Bartolomeu-Natanael não temos notícias claras. Segundo uma informação referida pelo historiador Eusébio do século IV, um certo Panteno teria encontrado até na Índia os sinais de uma presença de Bartolomeu (cf. Hist. eccl.,V 10, 3). Na tradição posterior, a partir da Idade Média, impôs-se a narração da sua morte por esfolamento, que se tornou muito popular.

As suas relíquias são veneradas aqui em Roma na Igreja a ele dedicada, na Ilha Tiberina, aonde teriam sido levadas pelo Imperador alemão Otão III no ano de 983”.

Papa Bento XVI

Audiência Geral

Quarta-feira, 4 de Outubro de 2006

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