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Santa Tarsila

Monja († 593, aprox.)

CHRISTMAS

Public Domain

Tarsila era uma das tias paternas do Papa Gregório Magno, pontífice que conduziu a Igreja de 590 a 604. Tinha duas irmãs: Emiliana e Jordana. Pertenciam a uma das famílias mais ilustres de Roma: entre os ancestrais há também um imperador, Olibrio, do século V, e o Papa Félix III (526-530).
Sabe-se muito pouco sobre Tarsila. Seu nome aparece apenas no século XI num martirológio local e depois, após o Concílio de Trento, no Martirológio Romano, o oficial de toda a Igreja Católica. A única fonte autorizada sobre sua vida é a do sobrinho o papa, Gregório, o Grande. O papa Gregório era conhecido por contar histórias de parentes apenas quando elas lhe serviam de exemplos concretos e atuais, para tornar seu ensino eficaz.
Tarsila e suas irmãs certamente ajudaram a cunhada Sílvia a criar o pequeno Gregório, cuja saúde sempre foi frágil. Então, enquanto viviam, elas o seguiram nos estudos e na carreira profissional.
Gregório, ainda jovem, tornou-se chefe da administração civil em Roma: uma Roma então sem o imperador, que residia em Constantinopla, e com um Senado pouco ativo. Em seguida, encontramos Gregório embaixador do Papa Pelágio II e ao mesmo tempo monge, diretor espiritual de uma pequena comunidade reunida em sua residência. De lá, Gregório sairá para ser papa.
Tarsila que já havia se tornado monja, acabou influenciando as irmãs que a acompanharam. Eram monjas ocidentais, isto é, não viviam isoladas na solidão, mas dedicadas à vida comum, devotadas à castidade e à oração contínua. Mas não só.
Neste terrível século VI, marcado por inundações, epidemias, guerra entre godos e bizantinos, invasão lombarda e Roma é tomada por grande afluência de imigrantes em miséria. “A carestia”, escreveu Gregório, “manteve a cidade nas garras da fome”. A caridade torna-se assim também a tarefa habitual daquelas monjas, nunca alheias à vida do próximo. Tarsila as liderava em tudo, começando com a oração: quando faleceu foram constatados calos na pele que cobria seus joelhos e cotovelos por causa de sua contínua oração.
A memória de Tarsila, mesmo sem ter tido eventos prodigiosos, perdurará discreta e tenazmente no tempo, pois também foi enriquecida por um conto singular de Gregório Magno. Ele conta que essa tia morreu pouco antes do Natal (o ano, entretanto, permanece desconhecido). E acrescenta que sua irmã Emiliana, uma sobrevivente, um dia ouviu sua voz dizer-lhe: “Eu passei o Natal sem você, mas vamos celebrar a Epifania juntas”. Segundo uma tradição, de fato, Emiliana morreu no dia 5 de janeiro seguinte à morte de Tarsila. E sua festa ainda é nesta data.

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