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São Brás

Bispo e mártir († aprox. 316)

PRAY

Nastyaofly | Shutterstock

Muito pouco se sabe da vida de São Brás, mas isso não impediu que Brás fosse um dos santos mais conhecidos e amados, tanto na Igreja do Ocidente quanto na do Oriente. A tradição oral o definiu como médico e bispo de Sebaste, na Armênia. Teria nascido no final do século III e embora não se saiba se fosse já batizado ou não, o fato é que em idade adulta começou a seguir mais seriamente o cristianismo. Conforme essas tradições, ele teria se tornado bispo e foi martirizado em plena “pax” constantiniana, no ano 316. 

Esse fato do martírio, em plena época de paz entre as autoridades romanas e a Igreja cristã, teria explicação no seguinte contexto: no ano 316, entre Oriente e Ocidente havia ainda disputas militares pelo poder. De um lado, representando o Ocidente, o imperador Constantino, defensor dos cristãos; do lado Oriental, Licínio, cunhado de Constantino e imperador do Oriente. Com boa probabilidade, devido a motivações políticas – Licínio temia, e talvez com razão, que seus súditos cristãos apoiassem secretamente Constantino – o imperador do Oriente começou a perseguir os cristãos que habitavam em seu império, o que explicaria o martírio de Brás. Capturado pelos soldados romanos, Brás foi espancado e horrivelmente torturado: teve sua pele arrancada com pentes de ferro, usados para cardar a lã. Apesar dos sofrimentos horríveis, São Brás manteve-se firme e não renunciou sua fé no Cristo. Finalmente foi então decapitado pelos soldados. Seu testemunho impressionou toda a comunidade cristã que, desde então, cultivou a veneração à sua memória. De fato, no dia de sua festa litúrgica, é costume se dar ainda hoje a “benção da garganta” e, com certeza, é uma celebração muito apreciada pela devoção popular, também no Brasil. De fato, aqui em nossas terras, diante de engasgos, ainda é muito comum ouvir pessoas invocarem o nome de São Brás como forma de livramento de possíveis complicações. Essa tradição estaria fundamentada num episódio da vida do santo: São Brás, ao ser conduzido para o martírio, vê que se aproxima uma mãe desesperada levando seu filhinho de colo; a pobre criança estava horrivelmente engasgada com uma espinha de peixe em sua garganta; certamente essa mãe esperava que ele pudesse fazer algo, pois era médico. São Brás, diante da situação, teria se limitado a olhar para o céu e rezar ao Cristo; em seguida traçou o sinal da cruz sobre a garganta do menino: imediatamente a criança ficou miraculosamente curada.

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