Ana Maria nasceu no dia 19 de junho de 1805 em Fivizzano, na região italiana da Toscana. Seus pais, Mateus e Antonia, eram cristãos muito devotos e educaram a pequena Ana Maria naquela fé robusta das pessoas simples. Com apenas sete anos de idade, Ana quase matou de susto seus pais: deixou a casa com uma amiga e saiu dizendo que ia sair para viajar até a Índia, a fim de anunciar o evangelho e salvar muitas almas… Naturalmente seu caminho não foi muito longo, pois logo seus pais saíram em sua busca e a trouxeram novamente para casa. Em 1820, com a morte de seu pai, Ana e sua mãe se transferem para a cidade de Parma. Aí começou a trabalhar como tutora numa das famílias ricas da cidade. Apesar de nutrir um forte desejo de seguir a vida religiosa, Ana, por obediência à mãe, acabou contraindo matrimônio com Antônio Domenico, um funcionário da casa Ducal de Parma. Era o ano de 1826. Durante seu casamento, Ana teve sete filhos; infelizmente seis acabaram morrendo ainda muito pequeninos, apenas o filho Leopoldo sobreviveu – mais tarde se tornaria monge beneditino. Em 1844, Ana ficou viúva; apesar de saber se tratar da vontade de Deus, Ana sentiu muito a falta do esposo, por quem nutria verdadeiro amor. Após o período de luto, Ana começou a entender que Deus a considerava agora preparada para atender a seu chamado para a vida consagrada. Ouvindo o conselho de seu confessor, começou uma vida de caridade, preocupando-se principalmente com as mulheres presidiárias, que sofriam condições terríveis no cárcere. Ana, mais do que anunciar Jesus Cristo a essas mulheres com palavras, fazia-o com sua própria vida: estava sempre disponível a ouvi-las e a trata-las com carinho. Só então fazia algum ensinamento em relação à fé. Em pouco tempo, o cárcere tão sem esperança, mais parecia um convento de monjas. Aos poucos outras senhoras da sociedade foram se sentindo atraídas pelo exemplo de Ana e, em 1847, o bispo de Parma aprovou a associação que fora formada por elas: a “Pia União das Senhoras visitadoras dos cárceres sob a proteção dos Santíssimos Corações de Jesus e de Maria”. Esse foi o começo de uma grande e profunda obra de caridade que Ana procurou ampliar cada vez mais. Chegou a alugar um antigo convento de monjas agostinianas para acolher jovens em situação de risco e órfãs. Muitas das mulheres que haviam estado na prisão se juntaram à causa de Ana. Na medida em que a obra crescia, foi ficando cada vez mais evidente a necessidade de fundar uma Congregação religiosa. No dia 1 de maio de 1857, Ana e mais oito companheiras deram início à nova comunidade. Em 1859 elas pronunciavam os votos de castidade, obediência e pobreza na Congregação que, mais tarde, receberia o nome de “Pia Casa das Pobres de Maria Imaculada”. Após uma vida consumida pela caridade, Irmã Ana foi acometida por uma paralisia e, no dia 7 de fevereiro de 1893, passava deste mundo para o Pai. Em 15 de dezembro de 1977, o Papa São Paulo VI a declarou Venerável para toda a Igreja.
Bem-Aventurada Ana Maria Adorni
Fundadora (†1893)

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