[big_first_char_text]Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes...
Vinde Senhor salvai-me e eu serei salvo! Vinde, que possa brilhar o vosso rosto brilhar e nos salvar. Esperamos por vós, sede nossa nossa salvação no tempo da tribulação. Com este desejo os profetas e os justos iam ao encontro de Cristo; com tanto desejo e amor que teriam desejado ver com seus olhos o que já viam em seu espírito. É por isso que o Senhor dizia aos seus discípulos: “Bem-aventurados os olhos que vêem o que vós vedes! Porque eu vos digo que muitos profetas e justos queriam ver o que vós vedes e não viram”. Também Abraão, nosso pai, exultou de alegria pensando em ver o dia de Cristo; ele o viu, ainda que na terra dos mortos, e ficouse alegrou por isso.
Devemos ter vergonha ao vermos a frigidez e a dureza do nosso coração se não experimentarmos a alegria espiritual no dia do aniversário do nascimento de Cristo, que promete revelar-se a nós muito em breve. Na verdade, parece que a Escritura exige que nossa alegria seja tão grande quanto o nosso espírito, que se eleve acima de si mesmo, que arda e se lance para ao encontro de Cristo que vem, e ao avançar com o desejo, sem demora, se esforce para ver já agora a quem está por vir.
Bem-aventurado Guerrico de Igny
2º sermão do Advento.
Abade cisterciense (1080-1157, aprox.).
[/big_first_char_text]