Santa Cunegundes

Embora as notícias sobre santa Cunegundes sejam poucas, sabemos que seus pais a haviam prometido em casamento, desde sua tenra infância, ao duque da Baviera. Com efeito, ao completar vinte anos, Cunegundes foi enviada para a Baviera, para casar-se com o duque Henrique, que mais tarde seria coroado rei da Alemanha e, em seguida, no ano 1014, Imperador do Sacro Romano Império. Os historiadores ainda debatem sobre a veracidade da história, mas segundo alguma fonte, o casal imperial – inspirado pelo modelo de são José e da Virgem Maria – teria feito voto de perpétua virgindade, haja vista que não tiveram filhos. Outra fonte, no entanto, dá a entender que Henrique, ao perceber que Cunegundes era estéril, e embora ele a pudesse rejeitar, conforme os costumes germânicos, decidiu não repudiar sua mulher. O amor que ele nutria por Cunegundes era tão grande que o Imperador preferiu não ter filhos a ter que repudiar sua amada esposa. Logo, a fama de santidade começou a circundar o casal. Durante sua vida, Cunegundes deu grandes mostras de piedade e caridade para com os pobres. Com a morte do marido, em 1025, Cunegundes se retirou da vida pública para viver num mosteiro beneditino como simples monja: grande parte de seus dias eram dedicados à oração e à leitura das Sagradas Escrituras. Os testemunhos da época dizem que ela não desdenhava nem mesmo os serviços mais humildes dentro do mosteiro, dando um impressionante testemunho de humildade. No dia 3 de março de 1033 – ou talvez 1039 – Cunegundes morreu com grande fama de santidade. No dia 29 de março de 1200, o papa Inocêncio III a declarou santa, aprovando oficialmente seu culto.