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São Fulgêncio de Ruspe

Bispo (†527)

DUCHOWOŚĆ

Natali _ Mis | Shutterstock

São Fulgêncio nasceu no que hoje é o atual território da Tunísia por volta do ano 462. Sua família pertencia à alta sociedade romana – seu avô fora senador. Sabe-se que foi um grande administrador e que talvez tenha sido cristão desde a juventude, por influência de sua mãe que era cristã. Ainda jovem decide por uma mudança radical de vida: quer ser monge. Segundo os biógrafos, a decisão de Fulgêncio em abraçar a vida monástica teria tido um impulso inicial graças à leitura dos textos de outro cristão africano: santo Agostinho. De fato, no século V, o norte da África – que fora fortemente colonizado pelos romanos – tinha comunidades cristãs muito florescentes. Durante a época de Fulgêncio, a África romana se tornara reino dos vândalos e esse reino que aí se instalara era governado pelo rei Trasamundo que, com toda sua tribo, professava a fé cristã ariana. Esse dado foi fonte de muitas tensões, do momento que a maior parte da população cristã dessa região era católica, e não ariana. Com efeito, as perseguições começaram a surgir: Trasamundo, vetando a eleição de sucessores, proibiu aos católicos de substituírem seus bispos mortos. Malgrado a proibição do rei, os cristãos elegem seus bispos em segredo. Um desses eleitos foi justamente Fulgêncio, que se tornara secretamente bispo de Ruspe, uma pequena região da atual Tunísia. Ao descobrir as ordenações secretas, Trasamundo exila todos aquele que assim foram ordenados na ilha da Sardenha. Foi assim que Fulgêncio se tornou, no exílio, o mestre para outros bispos, padres, monges e cristãos leigos. O próprio Trasamundo, ao saber dos dons de sabedoria de Fulgêncio, o quis conhecer pessoalmente. Dizem os biógrafos que o rei o estimou muitíssimo e só o reenviou ao exílio em função da pressão de seus súditos arianos, que consideravam inaceitável a boa convivência do rei com são Fulgêncio. Somente após a morte do rei, são Fulgêncio pôde retornar à sua pátria. Aí morrerá, exalando odor de santidade, que era perceptível por meio de sua vida simples de oração e de leitura assídua das sagradas Escrituras, bem como em suas obras escritas pela defesa da fé católica.

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