São Daniel e companheiros

Sete frades franciscanos, por volta do início de 1227, viajaram da Itália para a Espanha com a intenção de ir até o Marrocos para levar a boa notícia para os infiéis e assim, convertê-los. Chefe desse animado grupo de frades era um calabrês chamado Daniel. Após um breve período na Espanha, o grupo partiu para Ceuta, no Marrocos. Foi uma ação tão corajosa quanto temerária, já que as autoridades locais haviam proibido toda forma de proselitismo cristão. Apesar disso, o animado grupo caminhava pelas estradas da cidade anunciando Cristo e, ao mesmo tempo, denunciando os erros da religião de Maomé. Todos foram presos e depois de vários interrogatórios, foram convidados a deixar o cristianismo e a se tornarem muçulmanos: caso rejeitasse a proposta, seriam mortos. Diante da resistência, as autoridades islâmicas foram inflexíveis: decapitaram um a um e seus corpos foram dilacerados. Apesar disso, os comerciantes europeus, conseguiram recuperar seus restos mortais e os enterraram em Ceuta; mais tarde, as relíquias desses mártires foram transferidas para a Espanha e daí foram distribuídas entre Portugal, Itália e a própria Espanha. O Papa Leão X estabeleceu o culto a esses mártires no dia 13 de outubro.