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São Maximiliano Maria Kolbe

Presbítero, franciscano e mártir († 1941)

PRAY

Shutterstock | Love You Stock

No dia 8 de janeiro de 1894, numa cidadezinha da Polônia (Zduńska Wola) nascia o pequeno Raimundo Kolbe. Seus pais eram católicos fervorosos e logo batizaram-no, na igreja paroquial de Nossa Senhora da Assunção. Dos três filhos que o casal teve, apenas três sobreviveram. Eram tempos difíceis para a pequena família Kolbe: pela falta de dinheiro, apenas o filho mais velho pôde estudar. O pequeno Raimundo tentou aprender algo com um sacerdote e depois com o farmacêutico da aldeia. Ainda criança, sentiu o chamado à vocação religiosa: ele teria tido uma visão da Virgem Maria que estendia em sua direção duas coroas de flores, que ele tomou nas mãos: uma era de lírios e a outra de rosas vermelhas, respectivamente, símbolos da virgindade e do martírio. Logo entra nos Frades Menores Conventuais e, em 1910, no noviciado, assume o nove de Frei Maximiliano. Quatro anos mais tarde, por ocasião de seus votos solenes, adicionou ao seu nome, o de Maria, passando a se chamar Frei Maximiliano Maria. Em 1917, junto com outros companheiros, fundou a “Milícia da Imaculada”, um grupo que tinha como objetivo “renovar todas as coisas em Cristo através da Imaculada”. Em 1918, Frei Maximiliano é ordenado presbítero e sua prima missa ocorre na igreja de Santo André delle Fratte, no altar em que, anos antes, (1842) Alphonso de Ratisbonne, fundador da família religiosa de Nossa Senhora de Sion, havia tido uma visão da Virgem Maria. Por causa de sua saúde delicada – havia contraído tuberculose –, ele se dedicará inteiramente à obra da “Milícia da Imaculada” e à evangelização, chegando mesmo a ir até o Japão. Retornando à Europa, a Segunda Guerra Mundial estava às portas. Com a invasão da Polônia pelas tropas nazistas, Frei Maximiliano seria preso e enviado para o campo de concentração de Auschwitz. Ali chegando, como todos os outros prisioneiros de guerra, recebeu um número: 16670. Sofreu diversas humilhações e sofrimentos, que procurou viver com intenso espírito cristão. Foi transferido para o Bloco 14. Nesse momento um dos prisioneiros havia conseguido escapar. Seguindo as duríssimas regras do campo de concentração, dez prisioneiros deviam pagar por aquele que havia escapado, sendo enviados para o Bloco 13, para morrer de fome. Diante do desespero de um dos prisioneiros, Padre Maximiliano se oferece para ir morrer em seu lugar. De fato, acompanha os outros nove prisioneiros e, aos poucos, um a um iam morrendo de inanição. Depois de 14 dias de sofrimento atroz, ainda restavam quatro prisioneiros vivos, dentre esses também Frei Maximiliano. Os guardas decidiram terminar com a vida deles injetando fenol em suas veias. Frei Maximiliano, no dia 14 de agosto de 1941 estendeu seu braço, e pronunciou suas últimas palavras: “Ave Maria”. No dia 10 de outubro de 1982, São João Paulo II o canonizou declarando-o mártir e uma grande “testemunha da caridade”, num dos momentos mais obscuros da humanidade.

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