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Santa Maria Bernarda (Bernadete) Soubirous

Religiosa francesa (†1879)    

Church of the Holy Sepulchre

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Nascida a 07 de janeiro de 1844, a francesa Maria Bernarda Soubirous, foi a primeira dos nove filhos do casal Francisco Soubirous e de Luísa Castèrot. Na infância, ela trabalhou como pastora e empregada doméstica. 

Nos dez primeiros anos de sua infância sua família passou por graves dificuldades financeiras, mudando-se depois para Lourdes, onde viveu em condições de miséria, morando no prédio da antiga cadeia municipal. Apesar de parecer insalubre, todos viviam no andar superior do edifício, que era ocupado pelo primo do pai de Bernadete. Ela tinha dificuldades de aprendizagem formal e na catequese, o que fez com que a sua primeira comunhão fosse atrasada. Não pôde frequentar a escola e foi analfabeta até os 14 anos.

No dia 11 de fevereiro de 1858 a Virgem Santíssima apareceu nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a Bernadete, que descreveu: “Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, várias vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei quem era ela, mas apenas me sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.

O que causou espanto e comoção ao padre que ouviu seu relato foi saber que a moça não estava inventando: ela não tinha nenhum conhecimento do significado de suas palavras, muito menos conhecimento do dogma “Imaculada Conceição”, então recentemente promulgado pelo Papa.

Enquanto o assunto era submetido à hierarquia eclesiástica, que se comportava com cética prudência, curas cientificamente inexplicáveis foram verificadas na gruta de “Massabielle”. Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, surgiu sob as mãos de Bernadete uma fonte – que jorra água até os dias de hoje, cerca de cinco mil litros por dia.

Entre 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858, Bernadete afirmou ter tido 18 visões da Virgem Maria, no mesmo local e defendeu a autenticidade das aparições com uma firmeza incomum para uma adolescente com temperamento humilde e obediente, além de níveis baixíssimos de instrução e socioeconômico. Manteve-se contra a opinião de sua família, do clero e das autoridades públicas. Foi submetida a métodos de interrogatórios, constrangimentos e intimidações pelas autoridades civis. No entanto, nunca vacilou em afirmar a autenticidade das aparições, com toda a convicção.

Em 1860, para fugir à curiosidade geral e assédio, Bernadete refugiou-se, como “pensionista indigente”, no Hospital das Irmãs da Caridade de Nevers, em Lourdes. Ali recebeu instrução e, em 1861, fez de próprio punho o primeiro relato escrito das visões de Nossa Senhora. No dia 18 de janeiro de 1862, Monsenhor Bertrand Sévère Laurence, Bispo de Tarbes, reconheceu pública e oficialmente a realidade do fato das aparições.

Em julho de 1866, Bernadete entrou para o noviciado no convento de Saint-Gildard e, em 30 de outubro de 1867 celebrou sua profissão solene na Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers.  Dedicou-se aos cuidados de enfermos até a morte. Uma imensa multidão compareceu ao seu funeral, dia 19 de abril de 1879.

Sua beatificação foi no dia 12 de junho de 1925, conferida pelo Papa Pio XI e foi canonizada como Santa Bernadete de Lourdes, no dia 08 de dezembro de 1933, dia da Imaculada Conceição, pelo mesmo Papa, depois de terem sido reconhecidas pela Santa Sé as virtudes pessoais e curas milagrosas a ela atribuídas após a morte.

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