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São Noé

Patriarca   

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São Noé

A santidade é um dom de Deus. Mesmo um não cristão pode conhecer esse dom. O patriarca Noé é prova disso. De fato, o texto bíblico do livro de Gênesis descreve o patriarca Noé como um homem reto, que caminhava com Deus. A amizade entre os dois era tamanha, que o próprio Deus decide salvar Noé e sua família – e por meio deles, todas as pessoas e os animais da terra firme. De fato, diante dos pecados do mundo, Deus estava para enviar sobre a terra um Dilúvio, como forma de erradicar toda a violência que imperava então em meio à uma humanidade corrompida pelos seus inúmeros pecados. Para sobreviver à essa catástrofe, Noé recebe ordens diretamente de Deus para construir uma arca de madeira que pudesse conter exemplares dos animais da terra; desse modo, boiando por sobre as águas, a arca conteria dentro de si a promessa de nova vida para toda a terra. Essa história, com algumas características mitológicas, deve refletir algum fato comum, do momento que há relatos muito semelhantes na literatura produzida pelos sumérios, mesopotâmios e acádios.
No cristianismo, logo a figura de Noé, o homem reto, foi interpretada como prefiguração do Cristo, o verdadeiro justo capaz de trazer salvação efetiva para toda a humanidade (cf. 2Pd 2,5). Nessa linha comparativa, as águas do Dilúvio eram a prefiguração das águas do batismo, capazes de destruir o homem velho, para que dessas águas batismais pudesse ressurgir o homem novo do espírito (cf. Rm 6,4). Na figura de Noé, para além da destruição levada à cabo pelas águas, surge fortemente a imagem de um Deus capaz de levar salvação a todo o gênero humano e de firmar uma aliança de vida – o símbolo do arco-íris.

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