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Bem-aventurado Guilherme Repin

Presbítero e mártir (†1794)

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Public Domain

Na diocese de Angers, na França, o velho pároco, Padre Guilherme Repin, com 85 anos de idade, é o primeiro nome de uma lista de 99 pessoas martirizadas durante a terrível perseguição religiosa que explodiu na França durante o período da Revolução Francesa. Em 1984 São João Paulo II beatificou esses 99 mártires, reconhecendo as virtudes heróicas desses cristãos. Padre Guilherme nasceu em 1709 e, aos dezenove anos de idade, entrou no seminário de Angers. Após os estudos regulamentares, foi ordenado presbítero. Durante o exercício de seu ministério foi amado e respeitado pelos fiéis das paróquias por onde passou. Com a Revolução Francesa, em 1791, dentro das várias medidas que foram adotadas pelo novo regime, havia a obrigação do clero de prestar um juramento de fidelidade à Constituição Civil do Clero; na prática, um conjunto de leis que pregava a subserviência do clero ao estado e a ruptura com a Igreja de Roma. Além disso, havia todo um clima contra a religião com a exaltação da razão como o único elemento capaz de redimir o ser humano. Por medo, muitos subscreveram esse documento. Contudo, vários membros do clero rejeitaram tomar parte nesse projeto contrário à fé. Padre Guilherme foi um deles. Corajosamente rejeitou assinar o documento que fora-lhe apresentado pelo prefeito da cidade. Diante da perseguição iminente, fugiu para Angers, mas foi capturado em 1792. Preso no seminário da cidade com outros padres que haviam rejeitado assinar esse documento, permanceu no cativeiro atpe 1793. Após um breve período de liberdade graças aos revoltosos da Vendeia, foi novamente capturado e levado à prisão. Em 1794 ele foi condenado à morte. No dia 2 de janeiro de 1794 foi guilhotinado com outras vítimas da Revolução.

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