Bem-aventurada Margarida Ebner

Margarida faz parte do grupo de grandes místicos dominicanos do período medieval. Era proveniente de uma família da nobreza alemã e ingressou no mosteiro dominicano de Medingen (diocese de Augusta) com apenas 15 anos de idade. Embora procurasse viver a vida na humildade e no silêncio do claustro, suas virtudes falavam alto, a ponto de ultrapassarem os muros do mosteiro. Dedicou-se à contemplação da santa humanidade de Jesus e ofereceu toda sua vida a ele: seus sofrimentos, suas dores, as humilhações, tudo, absolutamente tudo deveria ser aceiro por Jesus e, em Jesus. De fato, viveu por anos a fio uma doença em seu corpo que lhe procurou muitos sofrimentos. Em meio a uma situação de guerra, a comunidade monástica se dispersou e Margarida foi viver com seus pais, mas mesmo aí, não abandonou nem a vida retirada e nem a oração frequente. Após a guerra, ela pôde voltar para a clausura. Depois de duras provas, Margarida, que vivera uma vida totalmente dedicada ao seu amado Jesus, teve uma grande graça: no ano 1347 teve um matrimônio espiritual com seu Senhor. Toda a espiritualidade de Margarida segue o itinerário do ano litúrgico e tem seu centro na pessoa de Jesus. Seu diário espiritual, escrito a partir de 132, foi uma grande fonte que inspirou a espiritualidade do mundo alemão católico. Morreu santamente no dia 20 de junho de 1351 em Medingen, onde foi sepultada. Em 1979, São João Paulo II confirmou seu culto de veneração.