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Beato Tomás Holland

Mártir Jesuíta (†1642)

CHURCH OF SANT VICENC

Amadalvarez | CC BY SA 3.0

Santo do dia

Beato Tomás Holland nasceu em 1600, em Sutton, perto de Prescot, em Lancashire, e se formou nos colégios ingleses de Saint-Omer e de Valladolid.
Em 1623, quando o Príncipe de Gales, Carlos Stuart, chegou a Madrid para pedir a mão da Infanta Maria, o Sr. Holland foi escolhido para lhe dar as boas-vindas em nome de estudantes ingleses, o que ele fez num discurso em latim, “que, segundo disseram, deixou sua alteza e sua comitiva satisfeitos”. Holland dominava muito bem o francês, o flamenco e o espanhol, da mesma forma que o latim, e em razão de seu saber e de sua bondade, foi cognominado de Biblioteca Pietatis, “biblioteca da bondade”, por seus colegas.
Depois de estudar na faculdade de Saint-Omer, entrou para a Companhia de Jesus, onde cumpriu o noviciado em Watten, na Bélgica, e fez os estudos teológicos em Liège. Ordenado sacerdote em Liège, foi imediatamente enviado para ser o diretor espiritual do colégio de Saint-Omer.
De saúde débil, foi enviado por seus superiores à Inglaterra, onde chegou em 1635 e não teve nenhuma melhora, de fato, suas doenças pioraram, tanto por uma perda persistente de apetite, quanto por exercer o seu ministério especialmente à noite. No entanto, conseguiu resistir por sete anos, exercendo um apostolado contínuo através de vicissitudes de todos os tipos. Dedicou todo o seu tempo livre à oração e isso explica como aqueles que se aproximavam dele imediatamente sentiam uma atmosfera sobrenatural.
A 4 de outubro de 1642, foi preso sob suspeita, e dois meses mais tarde foi levado a julgamento em Old Bailey, sob a acusação de ser sacerdote vindo do estrangeiro. As provas de quatro testemunhas contra ele foram bastante convincentes, mas ao recusar prestar juramento de que não era sacerdote, o júri o considerou culpado, veredicto este que não satisfez ao prefeito de Londres e a outros membros da magistratura, de modo que o representante do escrivão pronunciou a sentença com relutância. Foi condenado à morte em 10 de dezembro de 1642. À condenação, ele respondeu com alegria: “Deo Gratias” e, quando chegou à prisão, quis cantar o Te Deum. Por dois dias a prisão ficou lotada de visitantes, entre eles o Duque de Vendôme que se ofereceu para interceder a favor dele, oferta essa que foi recusada, dirigindo palavras cheias de fé e alta espiritualidade. Ele não quis que o embaixador pedisse a graça da libertação para ele, como lemos em uma carta que ele escreveu a seus superiores. No domingo, ele ouviu muitas confissões e pôde celebrar a missa, o que fez novamente no dia seguinte, momentos antes de ser levado à forca.
Junto ao cadafalso, notou-se a ausência tanto dos xerifes de Londres como de Middlesex, e falava-se, abertamente, que isso deveu-se à insatisfação de ambos em relação à justiça do processo. Diante da forca, declarou abertamente perante o povo que era católico, sacerdote jesuíta, e orou em alta voz pelo rei e pelos seus súditos, “para cuja prosperidade e conversão à fé católica, se eu tivesse tanta vida quantos cabelos tenho na cabeça, gotas de água no oceano ou estrelas no firmamento, eu as sacrificaria todas com a maior boa vontade”. Fez atos de fé e contrição, ofereceu sua vida a Deus, perdoou a todos, depois deu ao carrasco o pouco dinheiro que possuía e recebeu absolvição de um irmão escondido entre a multidão.
Foi enforcado com as mãos juntas e seu carrasco o deixou dependurado na forca até morrer, antes de executar o restante de sua tarefa sangrenta.
Tinha quarenta e oito anos, dos quais dezenove dedicados à Companhia de Jesus.
Foi beatificado por Pio XI, em 1929.

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