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São João Fisher

Cardeal mártir (†1535)

CHAPEL

Public Domain

Em 1469 nasceu João, filho do rico comerciante Robert Fisher e sua esposa Agnes, na localidade de Beverly, Yorkshire, Reino Unido. Ingressou na Universidade de Cambridge com a idade de 14 anos, onde completou seus estudos de forma brilhante, chegando a obter o título de Doutor em teologia.
Em 17 de dezembro de 1491 foi ordenado sacerdote, em York, e nomeado vigário de Northallerton.
Em 1497, a condessa Margherita Beaufort de Richmond (1443-1509), avó do futuro Henrique VIII, escolheu-o como capelão e confessor pessoal.
Professor da Universidade de Cambridge, foi promovido entre os docentes da Universidade, adquirindo o título de chanceler, em 1504, mesmo ano em que foi nomeado bispo de Rochester, com direito a sentar-se na Câmara dos Lordes. Sua ação em favor da vida intelectual foi decisiva para o desenvolvimento de Cambridge: um bom latinista, aos 48 anos começou a estudar grego e, depois dos seus cinquenta anos, hebraico. Foi escolhido para representar o episcopado inglês no Concílio de Latrão, em 1512, ao qual, entretanto, não pôde comparecer.
De 1523 a 1533, lutou contra a Reforma, multiplicando seus escritos contra Lutero.
No caso do divórcio do rei Henrique VIII, ele se opôs às reivindicações do soberano emitindo um definitivo “non possumus”. Visto falhar uma proposta conciliatória no juramento de fidelidade ao rei “até onde a lei de Cristo permitir”, disse não ao Ato de Supremacia de 1534, que impunha a submissão completa do clero à coroa, e disse não ao divórcio, contra a lei de Deus. Pressionado pelo soberano, naquele mesmo ano, o Parlamento, aprovou o Ato de Traição. Essa lei tornou a negação ao Ato de Supremacia uma forma de traição, cuja punição era a morte. O bispo Fisher e Sir Thomas Morus foram executados em virtude dessa lei.
O destino de Fisher está intimamente ligado ao de Thomas Morus, com quem foi preso no dia 13 de abril de 1534 sob a acusação de lesa-majestade. Ambos foram aprisionados na Torre de Londres e em 17 de junho de 1535, a sentença de morte por decapitação foi emitida contra eles.
Esperando poupar a vida do Bispo, o Papa Paulo III elevou-o a Cardeal da cátedra de San Vitale no consistório de 22 de junho daquele ano, oferecendo-lhe a oportunidade de passar o resto de seus dias em Roma, no exílio. No entanto, Henrique VIII não permitiu a sua libertação do cativeiro. Assim, os futuros dois mártires, em suas celas e sem poderem ver-se, viveram pacíficos e serenos em Cristo, na defesa da verdade e no amor à Igreja de Roma. Sua antiga amizade era consolidada no sofrimento, trocando cartas de sublime espiritualidade.
A sentença de São João Fisher foi executada no dia 22 de junho de 1535 na Torre de Londres. O mártir proclamou diante do povo: “Eu vim aqui para morrer pela fé na Igreja Católica e em Cristo”. Seu corpo nu permaneceu exposto durante todo o dia no cadafalso e foi enterrado, sem cerimônia, em um túmulo anônimo no cemitério de Ognissanti. Posteriormente seria transferido para a capela de San Pietro in Vincoli na Torre de Londres.
Foi contado entre os cinquenta e quatro mártires ingleses proclamados beatos por Leão XIII em 29 de dezembro de 1886 e que posteriormente seriam canonizados pelo papa Pio XI em 19 de maio de 1935.

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