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Santa Brígida

Viúva Padroeira da Suécia  († 1373)    

Livre exame das Escrituras

Chat Karen Studio | Shutterstock

Santa Brígida (Birgitta Birgersdotter) nasceu dia 15 de junho de 1303, no castelo de Finsta, em Norrtälje, na província de Uplândia, Suécia. O castelo era a residência da família Finsta e pertenceu durante certo tempo (porém não na época do nascimento de Brígida) a seu pai Birger Persson, que era governador de Uplândia. Sua mãe, Ingeborg Bengtsdotter, era parente da família real. Seu avô materno era primo de Magnus Ladulås, de modo que Brígida tinha parentesco com a família real sueca. Brígida ficou órfã de mãe quando tinha cerca de 10 anos de idade. Seu pai, considerando-se inapto de prover uma educação compatível a uma menina de sua condição social, enviou-a para a casa da cunhada, Catarina Bengtsdotter, em Aspanäs, nas proximidades do lago Sommen, em Östergötland.

As manifestações místicas de Brígida começaram aos 12 anos, enquanto ela ouviu um sermão sobre a Paixão de Cristo. Certa vez viu a Virgem Maria colocar em sua cabeça uma coroa. Em outra ocasião viu, diante dela, Jesus Cristo torturado e morto na cruz. Estas duas experiências fariam com que desenvolvesse profunda devoção a Maria e meditações sobre o sofrimento de Cristo, que a  marcariam por toda a vida. 

Em 1316, quando Brígida contava com apenas 13 anos, contra sua vontade, foi dada em matrimônio a Ulf Gudmarsson, filho do governador de Västergötland. Teve um casamento feliz e foi mãe de oito crianças, entre elas Santa Catarina da Suécia. A devoção de Brígida também influenciou seu marido. Entre outras viagens, o casal realizou peregrinações a Nídaros (atual Trondheim) e a Santiago de Compostela. 

Numa das viagens a caminho da Espanha, na cidade francesa de Arras, Ulf adoeceu. Quando se temia o pior, o santo francês São Dionísio apareceu para Brígida e lhe prometeu que seu marido não morreria naquela ocasião. De volta a Suécia, Brígida e o marido se estabeleceram junto ao Mosteiro de Alvastra, onde Ulf faleceu em fevereiro de 1344. 

Após a morte do marido, Brígida repartiu seus bens entre os herdeiros e os pobres, passando a viver de maneira simples nas imediações do Mosteiro cisterciense ligado ao de Alvastra. Neste período, suas visões se tornaram mais numerosas, formando a maior parte das aparições que Brígida vivenciou até sua partida para Roma. Foi durante elas que Brígida recebeu a missão de levar mensagens a políticos e líderes religiosos, assim como teve diálogos com santos e mortos.

Em 1349, Brígida viajou a Roma com o propósito de tomar parte na celebração do jubileu de 1350, e para obter permissão do Papa para fundar uma nova ordem religiosa. Entretanto, na ocasião o Papa residia em Avinhão e, além disso, a Igreja havia proibido o estabelecimento de mais ordens. A ausência do Papa desanimou Brígida, que havia tido uma visão na qual encontraria o Papa e o Imperador quando chegasse a Roma. Foi testemunha da decadência espiritual de Roma após a partida do papa. Durante sua estadia na cidade, escreveu várias cartas ao Papa suplicando-lhe que regressasse a Roma, além disso, se dedicou a visitar as igrejas que continham tumbas de santos. Na igreja de São Lourenço, em Panisperna, no monte Viminal, perto de onde morava, pedia aos transeuntes esmolas para os necessitados. Também aproveitou para viajar em peregrinação aos santuários situados em Assis e em Nápoles, no sul da Itália.

Em 1368, o Papa Urbano V regressou a Roma e, em 21 de outubro recebeu o Imperador Carlos IV. Então, Brígida pôde entregar as regras de sua ordem ao papa, que se encarregaria de examiná-las. As regras foram aceitas com várias revisões. Além disso, o Papa tomou a decisão de deixar novamente a Itália por motivos de segurança, situação com a qual Brígida também não estava de acordo. Ela profetizou que o Papa receberia um forte golpe de Deus e, após dois meses do regresso a Avinhão, Urbano V faleceu.

No verão de 1373, uma enfermidade a debilitou, e Brígida faleceu, em Roma, no que é hoje a praça Farnese, no dia 23 de julho, aos 70 anos. De acordo com sua própria vontade, seus filhos Birger e Caterina levaram seus restos mortais para a Suécia, especificamente para o convento de Vadstena, após terem sido enterrados na igreja romana de São Lourenço, em Panisperna. 

O processo de canonização de Brígida começou em 1377 e terminou em 1391. Foi elevada aos altares em 7 de outubro de 1391 pelo Papa Bonifácio IX .

Em 1999, santa Brígida foi elevada, juntamente com Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz, a co-padroeira da Europa.

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