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São João Batista de Rossi

Presbítero (†1764)

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Em 22 de fevereiro de 1698, nascia João Batista na cidade de Voltaggio, pertencente à província de Alessandria, Piemonte, na época parte do Ducado de Saboia, atual Itália. Foi uma das quatro crianças de Carlos de Rossi e Francesca Anfosi, relativamente pobres, mas muito piedosos.
Com a morte de seu pai, alguns sacerdotes, parentes e amigos da família o receberam, por caridade, e o fizeram continuar seus estudos, removendo da família o peso de uma boca extra para alimentar. Por sugestão de um tio, Lourenço de Rossi, um cônego, viajou para Roma para estudar no Colégio Romano, dos jesuítas, e na faculdade dominicana de Santo Tomás, a futura Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino (atual Instituto Angelicum).
Seguiu o desejo da vocação sacerdotal que nutria desde criança, auxiliado também por uma inteligência incomum. Sofreu alguns episódios de epilepsia, um dos fatores que geralmente serviam para excluir candidatos à Ordem, mas concluiu antecipadamente os estudos pelos quais era necessário obter do Papa a dispensa para a ordenação sacerdotal. Conseguiu a dispensa e, em 8 de março de 1821, foi ordenado sacerdote.
Trabalhou incessantemente em Roma em prol das mulheres desabrigadas, prisioneiros e trabalhadores, tornando-se rapidamente um confessor popular. Padre João Batista era conhecido como um segundo São Felipe Néri, o famoso santo que atuou na cidade de Roma no século XVI. Também prestou atenção especial aos sacerdotes, pelos quais fundou a União Piedosa de Sacerdotes Seculares que fornecia apoio, enriquecimento espiritual, atualização cultural para um clero que, em meados do século XVIII, não brilhava em termos de cultura e preparação teológica.
Parte de sua vida foi passada no confessionário: ele pediu e obteve licença para atender confissões apenas aos 40 anos de idade. No entanto, a partir desse momento este seria seu apostolado específico; coisa que levou os romanos a detê-lo no confessionário por longas horas, todos os dias, e torná-lo muito procurado para a direção espiritual. Alguns se perguntavam como conseguia lidar com um ritmo tão intenso de trabalho apostólico nas ruas da cidade, nos púlpitos, nos confessionários, nas casas dos pobres, no leito dos doentes, especialmente por ele próprio ter uma saúde frágil, sujeito a frequentes crises epilépticas e atormentado por uma doença nos olhos. Sua vida agitada e sua caridade incomparável representaram o triunfo da vontade sobre a fragilidade física, o comprometimento apostólico venceu os limites impostos pela doença.
Por causa de seu desejo de ajudar os necessitados e aflitos, Pe. João Rossi acabou sucumbindo a algumas doenças e faleceu em 23 de maio de 1764, aos 66 anos de idade.
Seus restos mortais foram depositados abaixo do altar-mor da igreja Santíssima Trinità dei Pellegrini, em Roma, lugar onde mais atuou.
Foi beatificado pelo papa Pio IX em 13 de maio de 1860. O processo começara noventa anos antes, mas foi retardado pela Revolução Francesa, as Guerras Napoleônicas e as Revoluções de 1848.
A canonização veio 21 anos depois da beatificação em 8 de dezembro de 1881 pelo Papa Leão XIII.
A igreja de São João Batista de Rossi foi dedicada a ele em Roma, em 1940, embora a construção tenha sido atrasada pela Segunda Guerra Mundial. A Igreja foi finalmente consagrada em 22 de maio de 1965, com a transladação de suas relíquias no dia seguinte à sua festa litúrgica, vindas da igreja Santíssima Trinità dei Pellegrini.

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