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São João de Siracusa

Bispo († 609, aprox.)        

Holy Spirit

Philippe Lissac | GODONG

João era arquidiácono da Igreja de Catânia quando, em fevereiro de 593, foi designado para a cátedra de Siracusa por São Gregório Magno, que estava ansioso para dar um sucessor digno a São Maximiano, que fora seu tutor na vida monástica e, posteriormente, seu vigário na ilha italiana da Sicília. Assim, em outubro de 593, o pontífice concedeu a João o uso do pálio, que naquela época não era ainda privilégio dos metropolitas. Gregório escreveu, então, ao seu reitor, Cipriano, para interceder diante de Leão, bispo de Catânia, para que concedesse a João um padre que o ajudasse nas funções de sua Igreja.

João foi, verdadeiramente, um bom sucessor de São Maximiano e, São Gregório manteve relações afetuosas com ele, como evidenciam as muitas cartas a ele endereçadas.

A respeito de certos costumes introduzidos na reforma litúrgica promovida por São Gregório e tidos como novidades, alguns na Sicília murmuraram contra ele como se ele estivesse abandonando as tradições romanas para seguir as gregas. O santo pontífice não demorou em se justificar e encarregou João de explicar, em Catânia e Siracusa, onde em anos alternados se realizava o Concílio da ilha, que as supostas novidades nada mais eram do que ritos antigos restaurados, abstraídos dos costumes dos gregos.

São Gregório escolheu João para várias encargos nos quais ele brilhou pela prudência, justiça e doutrina. Confiou-lhe o governo do patrimônio da Igreja Romana, na província de Siracusa, que então abrangia metade da Sicília.

A ele e ao ex-cônsul Leôncio, pretor da ilha, deixou a decisão de uma disputa entre Domenziano, metropolita da Armênia, guardião dos filhos do imperador Maurício, e Décio, bispo de Lilibeo “porque – dizia Gregório – estou seguro da santidade e solicitude de João, que quando julga, ninguém é enganado, nem a Igreja é prejudicada”. Os delicados casos de Cremenzio, primaz da África Bizantina e de Lucilius, bispo de Malta, foram igualmente confiados ao bispo de Siracusa. A realização de negócios de tamanha confiança e os elogios que São Gregório chegou a escrever, mostram claramente o valor de João de Siracusa.

Explica-se, portanto, como o biógrafo de São Zósimo, que também foi bispo de Siracusa, ao narrar a luz profética com a qual João indicou Zósimo como abade do mosteiro de Santa Lúcia, tenha dito dele “foi um homem venerado por sua santidade, singular pela virtude, de grande fama pelo dom das profecias e celebrado com todos os elogios”.

Segundo Pirro, São João faleceu por volta de 609. A Igreja de Siracusa faz sua memória em 23 de outubro.

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