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São Tomás Cantelupe

Bispo (†1282)

MISJA JEZUICKA W GUARANI

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Santo do dia

Thomas de Cantelow nasceu em Hambleden, Buckinghamshire, no Reino Unido, em 1218, filho do casal Millicent of Gournay e do barão normando Lord William of Cantelow, magnata e ministro do rei João da Inglaterra.
Sua educação foi confiada a seu tio Walter Cantelow, bispo de Worcester, e depois a Robert Kilwarby, arcebispo de Canterbury, frade dominicano. Passou a adolescência em Paris para estudar filosofia e de lá foi para Orleans, onde ele se formou em direito canônico, na Universidade de Oxford.
Em 1245, acompanhando por seu pai, compareceu ao I Concílio de Lyon, onde o Papa Inocêncio IV o ordenou sacerdote e lhe deu o título de capelão. De volta a Universidade de Oxford
cursou o doutorado, recebeu seu título em direito canônico e passou a lecionar na Universidade.
Em 1261 foi nomeado Chanceler da Universidade de Oxford.
Em 1263, quando das Guerras dos Barões, se posicionou do lado do povo. Não conseguiu evitar uma guerra civil, mas após a vitória dos barões, na batalha de Lewes, foi nomeado chanceler da Inglaterra (22 de fevereiro de 1265), ganhando um nome altamente reconhecido por sua sabedoria jurídica e gentileza. Privado de assumir a chancelaria, após a morte de Simão de Montfort, foi para o exílio, onde ministrou palestras sobre teologia e Sagrada Escritura, em Paris, (1265-72).
Em 1272, voltou a lecionar em Oxford até 1274, ano em que participou do II Concílio de Lyon, onde ocorreu a união com o Oriente cristão.
Em junho de 1275, foi nomeado bispo de Hereford e recebeu a cátedra pelas mãos de seu amigo Cardeal Kilwardby (8 de setembro de 1275). Passou os 7 anos de seu episcopado em incessante atividade pastoral e em contínua batalha em defesa dos direitos de sua diocese, que havia passado por um período de mau governo e abandono, especialmente por causa da guerra civil. Como bispo, continuou sua vida apostólica, trabalhando incessantemente pelo bem de seu povo, mantendo os privilégios e propriedades de sua diocese, combatendo contra as práticas injustas do povo judeu no local e reformando o clero, secular e regular.
No entanto, entrou em conflito com o Arcebispo de Canterbury, John Peckham. Suas diferenças pessoais com Peckham o levaram à excomunhão. Foi então a Roma para se defender em causa própria perante o papa Martinho IV, que o recebeu gentilmente. O Papa, do ponto de vista legal, não pôde concordar com ele e exortou-o à paciência e prudência. Seu apelo não obteve sucesso e sua frágil saúde sucumbiu ao calor do verão italiano.
Faleceu em Montefiascone, na Toscana, Itália, no dia 25 de agosto de 1282, fora da comunhão da Igreja. Algumas de suas relíquias foram levadas para Hereford, Inglaterra, onde nasceu um movimento popular para sua canonização, apoiado por seu amigo e sucessor Ricardo Swinfield e apoiado pelo rei Edward I. Parte da evidência usada em sua causa de canonização foi a suposta ressurreição dos mortos de William Cragh, um rebelde galês que fora enforcado em 1290, oito anos após a morte de Cantilupe. Um inquérito papal foi convocado em Londres, no dia 20 de abril de 1307, para determinar se Cantilupe havia sido ou não excomungado, já que isso teria impedido que fosse canonizado. Quarenta e quatro testemunhas foram chamadas e várias cartas foram produzidas, antes dos comissários do inquérito chegarem à conclusão que Cantilupe havia sido absolvido em Roma, antes de sua morte. Era difícil que sua causa de morte fosse determinada, pois há muito tempo seu corpo havia se desintegrado.
Depois de uma investigação papal que durou quase 13 anos, Cantilupe foi canonizado pelo papa João XXII em 17 de abril de 1320. Seu santuário tornou-se um local popular de peregrinação. Um relicário contendo seu crânio é mantido em Downside Abbey, em Somerset, desde 1881.

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