Santa Honorina

Não existe muita informação sobre a vida de Santa Honorina, aliás o que existe também é incerto. Uma primeira tradição preservada na diocese de Rouen, França, conta que Honorina, era de origem normanda. Sofreu martírio realizado por pagãos, sob a perseguição de Diocleciano aos cristãos (243-313), em Mélamare, entre Lillebonne e Harfleur. Seu corpo foi jogado no rio Sena e supostamente encalhou em Graville, onde foi recolhido por cristãos e sepultado numa tumba. Os milagres ocorridos no local, tornaram-se o ponto de partida de seu culto.
Outra tradição diz que Honorina foi martirizada em Coulonces, perto das duas paróquias que hoje lhe são dedicadas.
Em 876, sob a ameaça das invasões normandas, os monges que guardavam as relíquias da mártir transportaram-nas para o interior, para a confluência do rio Sena com o rio Oise, colocando-as na capela de um castelo.
Em 21 de junho de 1082, após o cerco de Conflans e a destruição do castelo, os monges decidiram construir uma igreja fora das muralhas, dedicada a Santa Honorina, cujas relíquias foram solenemente transportadas para lá na presença do bispo de Paris. Nos anos 1250, 1619 e 1752 foram feitos outros reconhecimentos da mesma; uma Confraria, estabelecida em sua honra, obteve indulgências especiais em 1690.
Santa Honorina é a padroeira dos barqueiros, uma vez que Conflans se tornou o porto de chegada dos rebocadores que operam nos rios e canais franceses e onde está ancorada a capela dos rebocadores que serve de base aos capelães dos barqueiros franceses. A festa de Santa Honorina é celebrada no dia 27 de fevereiro em pelo menos sete dioceses francesas, incluindo Versalhes.
Honorina é o diminutivo de Onorata, deriva do latim e significa “apreciada, estimada”.