Acima de tudo, Santa Sílvia foi uma mãe afetuosa, cuidadosa e carinhosa. Nascida por volta do ano 520 numa família de condições modestas, aos 18 anos foi dada em casamento a certo Gordiano, um personagem relativamente abastado e que desempenhava uma função pública. Entre os dois há um amor verdadeiro e de profunda inspiração cristã. Toda a família respira cristianismo: as irmãs de Gordiano vivem em casa uma vida quase monástica, temperada pela oração e pela penitência. As histórias que chegaram até nós dizem que da união do casal houve alguns filhos, provavelmente dois; o primeiro deles passaria para a história com o nome de Gregório Magno, um dos papas mais importantes da Igreja antiga. Os dois filhos seguem a carreira paterna, trabalhando em cargos públicos: Gregório, por exemplo, trabalhará na corte do império bizantino e, posteriormente, desempenhará o papel de Prefeito de Roma. Apesar da carreira meteórica, Gregório se sente atraído pela vida monástica e, após a morte do pai, transforma a propriedade da família em Célio num mosteiro em que ele e outros jovens vão viver a vida ascética. Perante a escolha do filho, Santa Sílvia decide viver igualmente uma vida retirada para se dedicar à oração e à penitência; sempre preocupada com a saúde frágil do filho, todos os dias prepara um prato de legumes ou verduras que ela mesma cultivava em sua horta e manda para que seu filho coma no mosteiro onde vive. Mais tarde, a pedido do Papa, Gregório se tornará diácono e o futuro Papa Gregório. A memória de Santa Sílvia e de seu gesto carinhoso em relação ao filho, foram conservados na Igreja, mostrando como a santidade se manifesta mesmo nas pequenas ações e no seio da família cristã.
Santa Sílvia
Mãe de São Gregório Magno (†século VI)

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Santo do dia