Santa Ana Schaffer

Terceira filha numa família de oito irmãos e de poucas posses. Ana nasceu em 1882 e recebeu a educação fundamental e sempre cultivou o sonho de se tornar uma religiosa e ser missionária. Mas até seu sonho se realizar, deverá se passar um bom tempo ainda. Seu pai falece e ela deve ajudar a família. Alguns anos transcorrem até que seus irmãos mais novos crescem; seu sonho está próximo. Mas, no dia 14 de fevereiro de 1901 ocorre um acidente em seu trabalho: na tentativa de colocar em seu lugar um cano que servia de chaminé e que estava correndo o risco de cair, Ana se desequilibrou e caiu numa banheira com água quente e lixívia. Suas pernas apresentam queimaduras graves até a altura dos joelhos. Por mais que os médicos tentem cuidar de suas feridas, elas não cicatrizam. A família recai ainda mais na pobreza e Ana sofre, prisioneira em suas dores terríveis. Mesmo tendo fé, Ana recai num estado de rebelião: não aceita mais o sofrimento e a pobreza. A falta de esperança a corrói. Por um tempo vive assim, amarga. Até que a serenidade chega ao seu coração: compreende em seu íntimo que sua situação não é um castigo, mas uma tarefa que Deus lhe havia confiado. Em meio a sofrimentos atrozes ela reza, fala de seus sonhos e de suas visões em que lhe parecem o Senhor e São Francisco de Assis. Pessoas começam a procurá-la para obter um conselho, uma palavra. Vai assim se convencendo de sua missão: coloca-se a serviço daqueles que a procuram. Em 1925 cai de sua cama e, num sussurro, entrega sua alma a Deus dizendo: “Jesus, eu vivo em ti”. São João Paulo II a declarará bem-aventurada em 1999. A canonização ocorrerá no dia 21 de outubro de 2012 sob o pontificado do Papa Bento XVI.