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Santa Maria da Cruz

Virgem, Fundadora (†1909)

ROSE

Public Domain

Chama-se Mary Helen MacKillop e nasce em Melbourne, na Austrália no dia 15 de janeiro de 1842. Sua família havia deixado a Escócia em busca de uma melhor situação financeira nesse novo mundo, a Austrália. Foi muito importante para ela a figura de sue pai, Alexander, que durante a juventude havia estudado em Roma pois tencionava ser padre. Contudo, a saúde débil o obrigou a retornar para a Escócia onde acabou casando-se com Flora. Portanto, Mary recebeu de seu pai, uma sólida formação religiosa. Durante o início de sua adolescência ela teve que trabalhar para ajudar a renda da família e, durante o trabalho, demonstrou mais vezes uma maturidade que não se esperava para uma menina tão jovem. Ao completar 18 anos, Mary foi para o sul da Austrália, com a finalidade de trabalhar como governanta da família de dois tios. Nesse período, além de ajudar na educação de seus primos, Mary se dedicou à educação e aos cuidados de crianças abandonadas. Contou com a ajuda do Padre Julian Tenison-Woods, que acabou se tornando também seu diretor espiritual. Posteriormente se apresentou a possibilidade de criar uma escola para as crianças filhas de imigrantes irlandeses. Mary sentiu em seu coração que era o convite que Deus lhe fazia para que ela entregasse toda sua vida nas mãos do Mestre. De fato, no dia 19 de março de 1866 ela assume pela primeira vez um hábito negro, que se tornou o sinal exterior de sua nova vida em Cristo. A escola teve um início humilde: começou num estábulo e, aos poucos, foi sendo construída. Nesse mesmo ano, houve início da pequena semente das Irmãs de São José do Sagrado Coração. No ano seguinte, eram já uma pequena comunidade de dez irmãs. Em 1868, o bispo deu a aprovação canônica diocesana necessária para essa família religiosa que estava nascendo. Pouco antes, Mary havia feito seus votos perpétuos e assumiu o nome de Irmã Maria da Cruz. Logo, no entanto, começaram a surgir dificuldades de problemas que provariam profundamente o ânimo de Irmã Maria da Cruz. O fato de as irmãs trabalharem com meninas pobres e, muitas vezes, se verem na necessidade de pedir esmolas para sustentar a obra fez com que houvesse muitas incompreensões. No auge das acusações contra a comunidade religiosa, a própria Irmã Maria da Cruz chegou a ser acusada de ser alcoólatra. Tudo isso provocou a intervenção do bispo de Adelaide, monsenhor Laurence Sheil. Novas incompreensões fizeram com que o bispo a excomungasse. Desnecessário dizer toda a dor experimentada por Irmã Maria da Cruz. Embora houvesse aqueles que fizeram verdadeiras campanhas contra o bispo, ela permaneceu em silêncio e numa atitude reservada. Esclarecidas as incompreensões, o bispo retirou sua censura poucos meses depois. Ao longo dos anos ela procurou a aprovação da Congregação em Roma e obteve êxito tornando-se a primeira superiora da família religiosa. Com o passar dos anos, seu corpo foi se ressentindo de modo que em 1901, a causa de um acidente vascular, foi obrigada a se locomover numa cadeira de rodas. Morreu no dia 8 de agosto de 1909 em Sydney. Uma multidão comovida participou de seus funerais e desde então circulava entre os fiéis a convicção que Irmã Maria da Cruz era uma santa digna de veneração. Após um longo processo canônico, São João Paulo II a beatificou no dia 19 de janeiro de 1995. Sua canonização ocorreu no dia 17 de outubro de 2010 numa celebração presidida pelo Papa Bento XVI.

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