Bem-aventurado João Benincasa de Montepulciano

Nasceu provavelmente em Florença – outros creem que tenha nascido em Montepulciano – no ano de 1375. Ainda em sua adolescência ingressou na Ordem dos Servos de Maria. Procurou viver uma vida penitente e de oração. A certo momento de sua vida religiosa decidiu construir uma pequena cela num rochedo que ficava sobre uma das montanhas da região. Aí começou a viver como eremita e se alimentava com o alimento que seus visitantes lhe traziam. Seguindo a tradição monástica dos monges do deserto, procurava sempre dar algo feito pelo trabalho de suas mãos para casa porção de comida que recebia. Fazia muitos e intensos jejuns e àqueles que o procuravam visitar, os atendia apenas através da fresta de uma janela. Dizia-se que nunca atendia mulheres por temer ser tentado. De fato, as crônicas sobre esse santo diziam que ele era frequentemente tentado e que rezava frequentemente a Deus para livrá-lo do desejo impuro. Quando perguntado sobre essas tentações frequentes, costumava dizer: “O Senhor me imergiu no fogo para me libertar da ferrugem”. Há relatos de milagres: pessoas que se sentiam atormentadas pelo demônio foram libertas mediante o sinal da cruz traçado por Benincasa e doentes, bebendo água abençoada por ele, ficavam imediatamente curados. Ao atingir a idade de 50 anos, Benincasa recebeu uma ordem do Padre Geral dos Servos de Maria: ele deveria ir para um mosteiro na região de Siena. O Bem-aventurado obedeceu prontamente. No dia 9 de maio de 1426 faleceu e seu corpo foi colocado num primeiro momento na igreja de São Martinho de Monticchiello (atualmente desaparecida) e, mais tarde, levado para a igreja dedicada aos santos Leonardo e Cristóvão, sempre em Monticchiello e, finalmente, para a igreja de Santo Antônio Abade. A aprovação do culto de veneração às relíquias do santo ocorreu no dia 23 de dezembro de 1829, sob o pontificado do Papa Pio VIII.