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São Antão

Abade (†356)

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Sixteen Miles Out | Unsplash | CC0

Passadas as grandes perseguições do império romano ao cristianismo, foi surgindo uma nova forma heroica de santidade: começava o grande movimento espiritual do monaquismo que, ao longo dos séculos, conhecerá uma rica transformação nos modos em que homens e mulheres buscaram seguir o Cristo e se tornar “um” (monos; daí o termo “monge”) com Deus. Um desses homens foi Santo Antão. Ele foi um dos primeiros a buscar na solidão do deserto um caminho para se encontrar com Deus. Santo Atanásio, bispo de Alexandria, foi seu amigo e discípulo, e forneceu uma fonte escrita sobre o que sabemos dele. Antão nasceu em torno do ano 250, numa localidade do Egito. Por volta de seus 20 anos perdeu os pais e teve que administrar o patrimônio da família. Atraído pela mensagem do evangelho – “Se queres ser perfeito, vai, vende todos os teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesou nos céus. Depois, vem e segue-me!”; Mt 19,21 – resolveu vender todos os seus bens e se dedicar à vida ascética, à exemplo de Cristo, retirando-se para o deserto. Na solidão, buscando um estilo de vida que o ajudasse a viver sem distrações, rezou para que Deus o iluminasse. Em seguida viu outro monge como ele que se dedicava ao trabalho de entrelaçar uma corda. De vez em quando, Antão percebia que o ancião deixava de entrelaçar a corda, se levantava e rezava; logo depois, voltava novamente ao seu trabalho. Antão compreendeu que era um anjo que Deus havia mandado para que ele seguisse uma vida temperada pelo trabalho e a oração. Alguns séculos depois, essa intuição de Antão estaria na base da regra de são Bento: “Ora et labora” (Reza e trabalha). Após seguir fielmente essa metodologia por alguns anos, Antão começou a sofrer grandes tentações: era jovem e pensamentos obscenos e o desejo de viver uma vida mundana o atormentavam. Após tantos sofrimentos – Atanásio diz que Antão teve visões terríveis de demônios e que enfrentou uma grande aridez espiritual –, o Cristo se revelou ao eremita. Antão perguntou-lhe: “Onde estavas? Por que não apareceste desde o princípio para cessar os meus tormentos?”. Cristo lhe teria respondido: “Antão, eu estava aqui contigo sempre e te ajudava em tua luta…”. Muitos artistas representaram através de pinturas esse aspecto da vida de santo Antão: o homem frágil, que sem a ajuda de Deus facilmente sucumbe às tentações. Após viver cerca de 80 anos na vida contemplativa, Antão morreu no dia 17 de janeiro do ano 356, com mais de cem anos e é considerado o Pai espiritual de todos os monges.

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