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Oração do dia
Meditação do diasegunda 19 Setembro

Coloca a lâmpada no candeeiro, a fim de que todos os que entram, vejam a luz.
Costumamos dizer que quando o sol nasce avermelhado e depois fica escuro e triste, ou quando se põe fica amarelado, pálido e opaco, isso é um sinal de tempo chuvoso.
Teótimo, o sol não é vermelho, nem preto, nem pálido, nem cinza; esse grande luzeiro não está sujeito a vicissitudes e mudanças de cor, pois sua única cor é a luz muito clara, que é invariável.
Mas falamos assim, porque o vemos assim devido à variedade de vapores que há entre o sol e os nossos olhos, e que nos fazem vê-lo de diferentes maneiras.
A mesma coisa acontece com Deus. Pelas suas obras e por elas o contemplamos como se fosse uma infinidade de diferentes excelências e perfeições [...].
Se o contemplamos quando ele liberta o pecador de sua miséria, dizemos que ele é misericordioso; quando o vemos como Criador de todas as coisas, onipotente; quando cumpre suas promessas com exatidão, verdadeiro; ao ver com qual ordem ele criou todas as coisas, admiramos sua sabedoria. E assim consecutivamente, de acordo com a variedade de suas obras, atribuímos a ele uma diversidade de perfeições.
Porém, em Deus não há variedade nem diferença de perfeição, em si mesmo é uma só perfeição, simples e única perfeição; pois tudo o que está nele nada mais é do que ele mesmo e todas as excelências, que dizemos que ele tem em si mesmo em tão grande variedade, estão lá em uma unidade muito simples e muito pura.
Assim como o Sol carece de todas as cores que lhe atribuímos e só tem uma luz muito clara, que está acima de toda cor e que colora todas as cores, assim em Deus não há senão uma única e pura excelência que está acima de toda perfeição e que confere perfeição a tudo.
São Francisco de Sales
Tratado sobre o amor de Deus: contemplando a Deus; Livro II, 1. IV, 87
Bispo de Genebra é Doutor da Igreja (1567-1622)

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