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Apresentação de Nossa Senhora

Memória litúrgica              

Holding hands in prayer

Deemerwha studio | Shutterstock

A Festa da Apresentação de Nossa Senhora não está a associada a relatos do Novo Testamento e sim a uma passagem do evangelho apócrifo de Tiago. Segundo esse texto os pais da Virgem Maria eram Joaquim e Ana. O casal era idoso e não podia ter filhos. Receberam a mensagem de que teriam uma criança e quando do nascimento da menina eles a levaram ao Templo de Jerusalém para consagrá-la a Deus. Em outros evangelhos apócrifos, o Pseudo-Mateus e o da Natividade de Maria, foi narrado que Maria foi levada para o Templo com três anos para cumprir a promessa dos pais. Maria permaneceu no Templo até os doze anos, quando foi confiada a José, seu novo guardião. De acordo com a tradição copta, Joaquim morreu quando Maria tinha seis anos de idade e sua mãe, quando ela tinha oito.

A apresentação de Maria traça paralelos com a apresentação do profeta Samuel, cuja mãe Ana, também estéril, ofertou o filho a Deus, em Silo. A tradição conta que ela permaneceu no Templo para se preparar para o seu futuro papel como mãe de Deus (Theotokos em grego). Ainda que sem nenhum fundamento histórico, a tradição serve para demonstrar que Maria, mesmo na infância, já estava completamente dedicada a Deus. 

A festa teria surgido como resultado da dedicação da Basílica de Santa Maria, a Nova, construída em 543 pelos bizantinos e patrocinada pelo imperador Justiniano I, perto do local do arruinado Templo de Jerusalém. Em 614, esta basílica foi destruída pelo rei persa Cosroes II, após a conquista de Jerusalém. 

A primeira celebração da festa documentada em um calendário é a menção à “Entrada da Mais Sagrada Theotokos no Templo”, no Menólogio de Basílio II. 

A festa continuou a ser celebrada por todo o oriente, com ocorrências também em mosteiros do sul da Itália no século IX e foi introduzida na nova capela papal, em Avinhon, em 1372, por decreto do Papa Gregório IX. 

Foi incluída no Missal Romano em 1472, mas acabou suprimida por Pio V em 1568 e, por isso, não aparece no Calendário Tridentino. O Papa Sisto V reintroduziu-a no calendário romano em 1585 e Clemente VII fez dela uma festa dupla maior em 1597. Ela continua como uma memória no Calendário Romano Geral. O Papa Paulo VI na encíclica Marialis Cultus, publicada em 1974, escreveu que “apesar de seu conteúdo apócrifo, [a história da Apresentação] apresenta valores elevados e exemplares e avança veneráveis tradições de origem nas igrejas orientais”.

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