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Oração do dia
Meditação do diasegunda 27 Setembro

Quem recebe um destes pequeninos em meu nome, recebe-me

A mãe aconchega seus filhos em si, e nós? Nós procuramos nossa mãe, a Igreja. Todo ser de pouca idade e frágil é, nessa fragilidade desprotegida, um ser gracioso, doce, encantador; Deus não recusa o seu auxílio a seres tão jovens assim. Todos os pais têm uma ternura peculiar para com seus filhos pequenos[…]. De igual modo, o Pai de toda a criação acolhe aqueles que se refugiam junto a ele, regenera-os pelo Espírito e adota-os como filhos; conhece a sua doçura e só a eles ama, auxilia, defende; por isso lhes chama filhos (cf. Jo 13,33).
O Santo Espírito, falando pela boca de Isaías, aplica ao próprio Senhor o termo filho: “Eis que nos nasceu um menino, foi-nos dado um filho.” (Is 9,5). Quem é então esta pequena criança, este recém-nascido, à imagem de quem também nós somos crianças? Pela boca do mesmo Profeta, o Espírito descreve-nos a sua grandeza: “Conselheiro admirável, Deus poderoso, Pai eterno, Príncipe da paz” (v. 6).
Ó Deus tão grande! Ó menino perfeito! O Filho está no Pai e o Pai está no Filho. Poderia não ser perfeita a educação que nos dá este menino? Ela nos reúne para nos guiar, a nós, os seus filhos. O menino estendeu-nos as mãos, e nelas pomos toda a nossa fé. Também João Batista dá testemunho desta criança: “Eis o cordeiro de Deus”, diz-nos (Jo 1, 29). Como as Escrituras designam as crianças por cordeiros, chamou “cordeiro de Deus” ao Verbo Deus que por nós se fez homem e que em tudo nos quis ser igual, ele, que é o Filho de Deus, o menino do Pai.
São Clemente de Alexandria
O Pedagogo, I, 21-24
Teólogo e apologista grego (150 – 215, aprox.)

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