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Oração do dia
Meditação do diaSegunda 28 Setembro

Recebe a mim, quem acolher um destes pequeninos em meu nome

Diz a Escritura: “Sereis carregados sobre as ancas e acariciados sobre os joelhos. Como a uma pessoa que sua mãe consola, assim eu vos consolarei”. A mãe atrai para si os filhos pequenos e nós procuramos a nossa mãe, a Igreja. Todo ser frágil e tenro, cuja debilidade precisa de ajuda, é gracioso, atraente e formoso; Deus não rejeita seu auxílio a um ser tão jovem. Os pais dedicam uma ternura especial aos filhos [...]. Do mesmo modo, o Pai de toda a criação acolhe os que nele se refugiam, regenera-os pelo Espírito e os adota como filhos; sabe o quão doces são e só a eles ama, ajuda, protege; e por isso os chama de seus filhinhos [...].
[...] O Espírito Santo, pela boca do profeta Isaías, aplica o termo filho pequeno ao próprio Senhor: “Um menino nasceu, um filho nos foi dado”. Quem é esse filhinho, esse recém-nascido, à imagem da qual somos filhos pequenos? Por meio do mesmo profeta, o Espírito nos descreve sua grandeza: “Maravilha do Conselheiro, Deus guerreiro, Pai perpétuo, Príncipe da paz”.
Ó grande Deus! Ó menino perfeito! O Filho está no Pai e o Pai está no Filho. Poderia não ser perfeita a instrução que nos dá este menino? Ela nos engloba, a todos, para nos guiar, seus filhos pequenos. Ele estendeu as suas mãos sobre nós e nelas colocamos toda a nossa confiança. É deste filho pequeno que João Batista testemunha: “Eis aqui, disse, o Cordeiro de Deus”. Visto que a Escritura chama de cordeiros às crianças pequenas, chama de “cordeiro de Deus” ao Verbo de Deus que se fez homem por nós e quis ser, em tudo, semelhante a nós, ele, o Filho de Deus, o filho do Pai.

São Clemente de Alexandria
O Pedagogo, I, 21-24
Escritor, teólogo, apologista cristão grego († 215)

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