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São Luís Martin

Leigo, pai de Santa Terezinha do Menino Jesus († 1894)

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Antoine Mekary / ALETEIA

São Luís Martin nasceu em Bordeaux, França, no dia 22 de agosto de 1823. Era filho de um conhecido oficial do exército napoleônico e foi educado em ambiente severo, muito rigoroso e marcado por um certo jansenismo, ainda rastejante na França da época. Recebeu educação de cunho religioso nos Irmãos das Escolas cristãs.
Aos 22 anos de idade, decidiu consagrar-se entre os cônegos regulares de Santo Agostinho do hospício do Grande São Bernardo, nos Alpes suíços, mas o obstáculo intransponível era o estudo do latim: por não saber a língua não foi aceito pela ordem.
Mesmo com seu coração constantemente voltado para Deus, Luís foi para Paris para se aperfeiçoar em relojoaria. Naquele período foi submetido a muitas solicitações por parte do ambiente parisiense, impregnado de impulsos revolucionários. Aproximou-se até de uma organização secreta, mas afastou-se imediatamente. Insatisfeito com o clima que se respirava na capital, transferiu-se para Alençon, onde iniciou a sua atividade, conduzindo até à idade de 32 anos um estilo de vida quase ascético.
Certo dia em 1858, encontrou por acaso na ponte de São Leonardo a senhorita Zélia Guerín. Entenderam-se tão bem que se casaram em 13 de julho de 1858, três meses apenas após aquele encontro da ponte.
Inicialmente, para as disposições interiores de ambos e talvez também por causa do namoro demasiadamente curto, durante dez meses orientaram o seu casamento para a virgindade física. Conduziam uma vida conjugal no seguimento do Evangelho, ritmada pela missa quotidiana, pela oração pessoal e comunitária, pela confissão frequente, pela participação na vida paroquial.
Foram acompanhados espiritualmente por um confessor prudente que os abriu para a beleza da procriação e as crianças começaram a aparecer na vida do casal. Tiveram nove crianças, mas apenas cinco delas atingiram a idade adulta. A família Martin educou as suas filhas para tornarem-se não só boas cristãs, mas também honestas cidadãs. Todas as cinco meninas sobreviventes tornaram-se religiosas.
Aos 45 anos Zélia recebeu a terrível notícia de que tinha um tumor maligno no seio. Viveu a doença com firme esperança cristã até à morte ocorrida em agosto de 1877.
Viúvo, aos 54 anos, Luís teve que tomar conta da família sozinho. A primogênita tinha 17 anos e a última, Teresa, apenas 4 anos e meio. Transferiu-se, então, para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia. Deste modo, as filhas receberam os cuidados da tia Celina, esposa do tio. Entre os anos de 1882 e 1887 Luís vê três de suas filhas entrarem para o Carmelo de Lisieux. O sacrifício maior para ele foi afastar-se de Teresa que entrou para as carmelitas com apenas 15 anos. Marie, recebeu o nome religioso de “Irmã Maria do Sagrado Coração”. Pauline tornou-se “Madre Agnes de Jesus”. Léonie tomou o nome religioso de “Irmã Françoise-Thérèse”, tornou-se uma visitandina em Caen. Céline tornou-se “Irmã Geneviève da Santa Face”. Teresa, a caçula, que mais tarde seria elevada às honras dos altares, tornou-se “Terezinha do Menino Jesus”.
Luís foi atingido por uma enfermidade que o tornou inválido, levou-o à perda das faculdades mentais e teve de ser internado no sanatório de Caen. Faleceu em julho de 1894.
O casal foi beatificado pela Igreja Católica no dia 19 de outubro de 2008, em cerimônia realizada na Basílica de Lisieux, dedicada à sua filha Teresa, e presidida pelo cardeal José Saraiva Martins.
Luís e Zélia Martin foram canonizados em Roma – Vaticano, em 18 de outubro de 2015 pelo papa Francisco em meio ao Sínodo Ordinário dos bispos que tratou do tema da família. Na história da Igreja, tornaram-se o primeiro casal a ser canonizado juntos.

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