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São Carlos Borromeu

Bispo (†1584)

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Public Domain

Personagem eclesiástica central no século XVI, cardeal sobrinho do Papa Pio IV e bispo de Milão. Nascido em Arona (norte da Itália) em 1538, seus pais pertenciam à nobreza local. Com apenas 9 anos se tronou órfão de mãe. Conforme os costumes da época, aos doze anos de idade foi nomeado como abade da abadia beneditina de Arona. Apesar da pouca idade, o jovem tinha ideias claras de modo que com 14 anos foi estudar, primeiro em Milão e depois em Pavia. Logo se revelou um aluno muito inteligente, com um caráter forte e, ao mesmo tempo, reflexivo. Em 1559, com apenas 21 anos, se tornou doutor em direito civil e eclesiástico. Seu tio, nesse mesmo período, foi nomeado Papa (Pio IV) e logo resolveu chamar os sobrinhos para trabalharem, na cúria romana. Esse convite mudaria de vez a vida de São Carlos Borromeu, pois ele e o irmão logo se viram rodeados pelas benesses da corte papal da Roma do século XVI. Carlos foi nomeado Cardeal e seu irmão, Frederico, capitão geral da Igreja. Tudo ia bem, até que, inesperadamente, Frederico adoeceu e, em pouco tempo, veio a falecer. Esse fato impressionou tanto a Carlos que, em geral, os historiadores atribuem a esse episódio o grande momento de viragem em sua vida. De Cardeal sobrinho, com uma enorme renda em dinheiro, começava a brotar dentro do coração de Carlos a necessidade de procurar o Senhor. Já não sentia mais alegria nos divertimentos da corte; começou a procurar no jejum e na mortificação apaziguamento para seu coração. Logo se convenceu que o Senhor o chamava a empreender uma reforma na própria Igreja. Ao que parece, consegue convencer seu tio, o Papa, a reconvocar o Concílio de Trento, que havia sido suspendido em 1555, e toma parte, ainda que indireta, nos trabalhos da reforma empreendida por esse importante Concílio da Igreja. Em 1563 é ordenado presbítero e pouco tempo depois, bispo. Com a morte de seu tio, ele participa no conclave que deveria eleger o novo Papa: muitos creem ver nele o sucessor adequado para Pio IV, mas, dando mostras de grande humildade, consegue ajudar na eleição de outro cardeal, que se tornará o Papa São Pio V. Com a eleição do novo Papa, Carlos pediu para sair de Roma e se dirigir à diocese de Milão. Ao chegar, começa a trabalhar com todas as suas forças para a implementação dos princípios reformadores estipulados pelo Concílio de Trento. Tanto trabalho e dedicação mereceram o seguinte comentário de São Felipe Néri: “Esse homem é de ferro!”. De fato, organizou toda a diocese e empreendeu uma visita canônica a todo seu imenso território, visitando igrejas nos vales mais recônditos de sua circunscrição eclesiástica. Todo esse movimento reformista suscitou não poucos problemas para São Carlos Borromeu: quatro membros da Congregação Religiosa dos Humiliatas chegaram a tramar sua morte por meio de um atentado à bala. No entanto, miraculosamente, o disparo feito contra São Carlos, não lhe ocasionou mal algum. Outro evento importante e que marcou a presença de São Carlos em meio à população de Milão, foi a peste de 1576. Em meio a centenas de pessoas que morriam por causa de uma peste, Carlos Borromeu, ao contrário de muitos governantes e daqueles que tinham posses e podiam fugir da cidade, permaneceu firme com seu povo, atendendo a todos os necessitados e levando o conforto dos sacramentos aos moribundos. Essa atitude do santo impressionou a população, que viu nesse sinal a personalidade abnegada de seu pastor. Devoto do Santo Sudário, empreendeu peregrinações até Turim a fim de se colocar diante do santo lençol em oração e adoração ao Senhor ressuscitado. Tantos trabalhos minaram sua saúde frágil. No dia 3 de novembro de 1584, após uma breve agonia, morria santamente em sua Milão. Sua canonização se deu em 1610, sob o Pontificado do Papa Paulo V.

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